A PM iniciou a operação 'Estação Segura' na SuperVia e uma delas que recebeu reforço no policiamento foi a de ManguinhosMarcos Porto / Agência O Dia

Rio- O governador Cláudio Castro disse, nesta sexta-feira (8), que se somados todos os problemas e autuações encontrados no primeiro dia da força-tarefa nos ramais da SuperVia, a concessionária que opera os trens, sofreria uma multa de R$ 12 milhões. Conforme Casto, o Estado e a Agetransp estão fazendo um levantamento, que ficará pronto até a próxima sexta-feira, de quanto precisará ser investido no sistema.
De acordo com o governador, a SuperVia não pode fugir da sua responsabilidade de manter o funcionamento do sistema. Ainda conforme ele, o processo de diálogo com a concessionária só será reaberto após o término desse levantamento.
"O que importa para gente é que a população tenha um atendimento melhor e que nós possamos diminuir os atrasos, a superlotação, aumentar a fiscalização, principalmente nos vagões destinados às mulheres, que foi constatado hoje um grande desrespeito e mostra que a concessionária está mesmo uma bagunça e o Estado vai agora organizar a bagunça deles", ponderou Castro
No primeiro dia das inspeções, os agentes do Procon fizeram autuações em cinco estações e a polícia retomou quatro que eram dominadas pelo tráfico. Também foram recuperados dois carros roubados e apreendidas 150 garrafas de cheirinho da loló em uma casa em frente à Estação de Manguinhos. Foram utilizados 130 policiais e feitas 103 abordagens. Ainda conforme Cláudio Castro, todo governo do estado está 100% mobilizado para dar uma resposta rápida à população. O governador disse ainda que a fiscalização aponta erros de manutenção, que não tem nada haver com furtos de cabos. O sistema estaria mal conservado porque não são feitas as reposições necessárias.
"O furto de cabo é problema sim que já tem sido combatido pela Polícia Militar, mas não é de longe o principal motivo dos atrasos. Realmente, a concessionária está devendo muito e o que nós estamos fazendo hoje o dia inteiro é olhando isso", constatou ele, apontando que há problemas também com alagamentos e a falta de manutenção de trilhos.
De acordo com o governador, a Agetransp tem problemas de sucateamento da sua estrutura e faltam equipes de fiscalização. Castro anunciou, porém, que abrirá um concurso público para a agência. "O Estado não está se furtando em dizer que há um desequilíbrio. O que estamos reclamando é da total falta de compromisso deles em chegar a um consenso, como os outros modais chegaram, e manter um serviço de qualidade enquanto não se chega a um consenso", afirmou.
O governador disse que, após anunciar a suspensão das negociações com a concessionária, ainda não foi procurado. Questionada pelo DIA, a concessionária informou que não irá se manifestar.