O contraventor Anísio Abrahão David, da Beija FlorDaniel Castelo Branco
A decisão de Noronha considerou argumentos de advogados de defesa de Ana Cláudia do Espírito Santo, uma das rés no processo. Segundo os advogados, o acesso a provas foi negado aos defensores. Ao todo, 36 ofícios do processo com ligações telefônicas interceptadas e outros documentos não teriam sido fornecidos às defesas de réus no processo.
Entre os investigados na Operação Furacão, desencadeada pela Polícia Federal em 13 de abril de 2007, estão os citados acima Aniz Abrahão David, o Anísio, Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães e Antônio Petrus Kalil, o Turcão, que morreu em 2019, aos 93 anos.
Caso a anulação pedida por Noronha seja mantida, ainda cabe recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal. Nesse caso, a PGR precisará indicar a violação da constituição.
Antes de aprovar a anulação, no fim do mês de março, Noronha já havia negado outros dois pedidos da defesa da ré Ana Cláudia. A primeira em dezembro de 2020 e a segunda em janeiro deste ano. Nas duas tentativas, ele disse inexistir ilegalidade que justificasse a liminar pedida pelos advogados.
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