Chagada da PM na estação Manguinhos no primeiro dia do Estação SeguraMarcos Porto

Rio - A CPI dos Trens, instaurada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), vai discutir nesta segunda-feira (11) a multa de R$ 2,2 milhões aplicada à SuperVia pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp). A multa foi aplicada porque a concessionária não cumpriu com o cronograma do Plano de Investimentos do órgão. Na semana passada, o fechamento de 54 estações de trem por mais de quatro horas foi o estopim que fez o Governo do Rio lançar medidas mais rígidas para exigir a melhoria no serviço.
Na reunião desta segunda-feira, será discutida a precariedade do serviço prestado à população. Foram convidados a participar da audiência o presidente da Agetransp, Murilo Leal; e o secretário de Estado de Transportes, André Luiz Nahass.
“Os problemas da Supervia vão além do roubo de cabos. Tem a questão dos dormentes deteriorados, a malha ferroviária destruída e ainda faltam banheiros nas estações e acessibilidade. A CPI tem tido resultados importantes. Graças a esse trabalho, foi possível manter a tarifa atual de R$ 5 até o fim das discussões. É uma vitória para o usuário. As denúncias de que 12 estações do sistema ferroviário estão sob o poder do narcotráfico vieram também a partir das apurações do Parlamento”, disse a presidente da comissão, deputada Lucinha.
SuperVia poderá ser multada em R$12 milhões
Na última sexta-feira (8), o governador Cláudio Castro deu início à operação Estação Segura, um conjunto de fiscalizações realizadas por diversas secretarias e órgãos estaduais. São realizadas três frentes de atuação, visando a qualidade do serviço de transporte, a garantia dos direitos do consumidor e o restabelecimento da segurança pública. Novas ações voltarão a ser feitas no sistema ferroviário ao longo desta semana.
No primeiro dia da operação, muitos problemas foram constatados durante vistoria nas estações Deodoro, Madureira, Nova Iguaçu, Maracanã e Central do Brasil: superlotação e falta de segurança, homens viajando em vagões destinados a mulheres, desníveis entre os vagões e a plataforma, banheiros interditados e ausência de piso tátil para pessoas com deficiência visual. Devido aos problemas identificados, o Procon-RJ autuou a concessionária e a multa pode chegar a R$ 12 milhões ao fim do processo.