Policia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em vários endereços ligados ao vereador Gabriel Monteiro, na última semanaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Gabriel Monteiro é proibido de fazer 'batidas' em unidades de saúde portando arma
Decisão da Justiça Federal determina que o parlamentar também não leve mais de um assessor para as fiscalizações. Caso descumpra as determinações, vereador poderá ser multado em R$ 50 mil
Rio - O juiz federal Marcelo Barbi Gonçalvez, da 6ª Vara do Tribunal Regional Federal, proibiu, nesta segunda-feira, que o vereador Gabriel Monteiro (PL) entre armado em unidades de saúde para fiscalização. O parlamentar é conhecido na internet por fazer "batidas" em unidades de saúde acompanhados de seus seguranças e filmar tudo para seu canal no Youtube.
De acordo com a decisão, a pena para caso Gabriel Monteiro descumpra a determinação sobre o porte de armas é de R$ 50 mil para cada ocasião em que ele for flagrado nessa condição. A sentença do juiz também prevê uma limitação no número de assessores que acompanham o vereador nessas fiscalizações. Agora, apenas um funcionário do seu gabinete poderá lhe acompanhar.
Outra determinação do juiz é para que Gabriel apresente os termos de consentimento para os profissionais e servidores filmados em suas publicações nas redes sociais. O parlamentar tem até cinco dias para apresentar os documentos, caso contrário, será obrigado a retirar os conteúdos do ar.
A Justiça também requisitou as imagens na íntegra de todas as visitas feitas pelo ex-PM em unidades de saúde.
As visitas de Monteiro a unidades de saúde da cidade, parte delas filmadas e publicadas no Youtube, já haviam gerado medidas judiciárias contra o vereador. Na última semana, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou que o parlamentar pagasse uma multa de R$ 20 mil a um médico de uma Unidade de Pronto Atendimento na Zona Norte.
Na ocasião, Monteiro foi até a unidade do Engenho de Dentro de surpresa durante a madrugada, do dia 17 de setembro do ano passado. Ao chegar no local, ele teria entrado em área restrita aos funcionários em repouso e encontrado o médico em questão e outra médica descansando, uma vez que não haveriam pacientes na sala de espera da UPA.
Os profissionais dormiam em camas separadas e com as roupas usadas no atendimento, mas segundo relato do médico, Monteiro teria insinuado que os dois profissionais estavam tendo momento íntimo no local de trabalho. A atitude do vereador teria feito com que os profissionais fossem alvo de comentários.
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