A advogada de Flordelis, Janira Rocha, questiona interesse de filhos contra pastora e disse que a defesa vai revelar abusos cometidos por Anderson do CarmoFábio Costa / Agência O Dia
A advogada afirmou que vai questionar o incriminamento de Flordelis baseado em versões de parte dos seus filhos. "Achamos que esse núcleo de filhos tem interesse em fazer essas alegações", disse. "A maioria dos filhos defende a parlamentar", argumentou.
Janir Rocha seguiu afirmando que a vítima do homicídio cometia abusos na casa. "Vamos demonstrar que tipo de práticas o pastor teve dentro da casa em relação às mulheres. Abusos sexuais, morais e patrimoniais praticados contra Flordelis", completou a advogada.
O advogado da família de Anderson classificou a estratégia da defesa de Flordelis como covarde
e negou que Anderson tenha cometido abusos sexuais. Após entrar no plenário, o advogado Ângelo Máximo, assistente de acusação, retornou para acrescentar à imprensa que caso o pastor tivesse cometido abusos, não justificaria ter sido executado.
"Acho a tese da mais covarde a se apresentar ao tribunal do júri atacando a pessoa da vítima que não está aqui para se defender", afirmou Ângelo Máximo.
A defesa da família da vítima acrescentou que as mulheres da casa não citaram abusos sexuais em depoimentos à polícia. "Por mais que houvesse abuso sexual, Flordelis teria participação por omissão, já que era a mãe", ponderou Ângelo Máximo.
"Atacar a pessoa da vítima é fácil. Eu quero ver reverter as provas do processo que mostram que ela é a mandante do homicídio com a participação de todos os filhos que serão julgados. Já foi um rastro de destruição dessa maldade que fizeram com o Anderson. A defesa poderia poupar a família do Anderson e o próprio, que onde estiver, possa descansar em paz apesar da brutalidade do homicídio contra ele", afirmou o assistente de acusação.
Máximo reforçou que espera que os réus saiam condenados do tribunal do júri nesta terça-feira (12). "A expectativa é de que todos saiam condenados daqui hoje. Para alcançarmos a Justiça por completo, não pode haver absolvição. Flordelis mandou, mas todos participaram", defendeu.
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