Rio - O professor acusado de assédio sexual por 12 alunas de uma escola estadual em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, não compareceu ao depoimento que daria nesta quarta-feira (13) na Diretoria Regional de São João de Meriti da Secretaria de Educação (Seeduc) para esclarecer os fatos. O caso ocorreu na Escola Estadual Caetano Belloni.
Com a falta do professor de artes Marcelo Faleiro, o processo corre agora a revelia, de acordo com a própria Seeduc. O docente foi afastado preventivamente de seu cargo na unidade escolar. Até o momento, a decisão final sobre o destino do professor ainda não foi tomada.
Nesta terça-feira (12), o Conselho Tutelar se reuniu com a direção do colégio, responsáveis e alunos para ouvir os relatos de assédio. Houve um um protesto na porta da unidade pedindo a exoneração do professor.
O caso veio à tona após uma das alunas, de 14 anos, chegar em casa chorando depois de uma aula e relatar a mãe que teria sofrido assédio sexual cometido pelo professor. Segundo ela, Marcelo teria passado a mão em seu peito durante um momento de descontração na aula.
A mãe da adolescente foi até a escola denunciar o professor e logo depois se encaminhou à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na Deam de São João de Meriti e a investigação está em andamento para esclarecer os fatos.
Logo depois da denúncia ter sido realizada, outras alunas da mesma instituição, todas entre 14 e 16 anos, tornaram públicos muitos outros relatos de assédios cometidos por Marcelo. Na ocasião, as jovens também procuraram a escola e a delegacia para registrar uma ocorrência.
Nas redes sociais, os alunos expuseram as mais diversas situações em que o homem teria as exposto, inclusive, em uma das publicações, aparece um vídeo em que o professor de artes Marcelo Faleiro aparece chamando dois alunos adolescentes para brigar fora da escola. Depois da situação, Marcelo foi embora e não retornou à instituição.
Ao total, pelo menos 12 alunas estão envolvidas em histórias de assédio sexual bem parecidas que, de acordo com elas, acontece desde 2014 e mesmo com pedidos para que toda a situação tivesse um fim, o professor de Artes insistia nos abusos.