Leonardo Bezerra foi preso acusado de roubar um celular em Nova Iguaçu, na Baixada FluminenseDivulgação

Rio - Leonardo Bezerra da Costa pode deixar a prisão nesta sexta-feira, 15. O jovem, que tem deficiência auditiva, foi preso no dia 28 de março após ser acusado de roubar uma mulher em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ao DIA, o advogado de defesa Daniel Barbosa disse que o alvará de soltura do jovem atrasou, mas garantiu que ele irá deixar o presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, na Zona Norte, ainda nesta sexta. 
Nesta quarta-feira, a juíza Viviane Tovar de Mattos Abrahão, da 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, concedeu ao jovem a liberdade provisória. O pedido aconteceu no mesmo dia em que a Polícia Civil apreendeu imagens, obtidas por O DIA que mostram o momento em que o crime aconteceu. Nas imagens, é possível ver Leonardo pegando o telefone do bolso de uma mulher. 
Nas imagens, Costa está em uma bicicleta quando entra em uma rua e para ao lado de duas mulheres - uma delas com um bebê no colo. Ele puxa o celular que está em um dos bolsos da mulher que não carrega a criança; ela reage. As duas mulheres e Costa entram em embate corporal, e a criança quase cai no chão. Nesse momento, então, a mulher que carregava o bebê se afasta. A vítima do roubo, sozinha, não consegue recuperar o celular e pisa no pneu traseiro da bicicleta de Costa, mas ele pedala e se afasta. As imagens terminam nesse trecho.
O caso ganhou repercussão após a família afirmar que Costa era inocente além de apontar que alguns de seus direitos constitucionais não haviam sido respeitados. Um deles foi a ausência de um intérprete de libras na primeira audiência de custódia. No entanto, na segunda audiência um especialista fora chamado, mas Costa não conhecia a linguagem dos sinais.
Na decisão desta quarta-feira, a juíza afirmou que a prisão por parte dos "policiais militares não foi ilegal, tendo sido inclusive a atuação destes que impediram que o linchamento do acusado pudesse ter um desfecho trágico. Contudo, entendo que não há fundamento para justificar a manutenção do acautelamento do réu", diz um trecho. A magistrada também entendeu que Leonardo Costa não é violento, e só desferiu socos após a vítima ter resistido ao assalto.