Daniel foi atingido na garganta por uma linha de pipaReprodução / Redes sociais

Rio - O cabo do Exército Daniel da Silva, 25 anos, morreu, na última quinta-feira (21), depois de sofrer um corte na garganta na Avenida Brasil, em Realengo. Ele passava de moto pelo local quando foi atingido na garganta por uma linha de pipa cortante.
Policias do 14º BPM (Bangu) informaram que passavam por ali quando foram chamados por pessoas que tentavam ajudar o militar. Ele foi levado ao Hospital Albert Schweitzer, Realengo, mas não resistiu aos ferimentos. 
O corpo de Daniel foi enterrado nesta sexta-feira (22). O uso da linha com cerol é proibido por lei no estado do Rio desde 2001. Já a chilena, com quartzo moído e óxido de alumínio, não pode ser utilizada desde 2009.
A Polícia Militar ressaltou que a utilização de linha cortante (as chamadas "chilenas" ou com cerol) é crime previsto no Código Penal. A corporação também informou combate a prática, realizando ações focadas na apreensão desses materiais ainda nos pontos de distribuição e comércio.
Problemas na região
Moradores das proximidades de onde Daniel foi atingido reclamaram nas redes sociais do frequente uso de pipas com linhas cortantes no local. Perto dali, em março de 2019, Eloáh Oliveira, de apenas oito anos, teve sua perna amputada depois de ser atingida por uma linha chilena.
Ela passava com a mãe pela passarela de Realengo quando sofreu o acidente. Os casos são recorrentes naquela proximidade e os motociclistas afirmam que passam com cuidado pela região.