Douglas Almeida, advogado que representa a escola de samba Em Cima da Hora, esteve na delegacia para ter acesso aos autos do inquéritoSandro Vox/Agência O Dia

Rio - A delegada Maria Aparecida Mallet, titular da 6ª DP (Cidade Nova), disse, nesta segunda-feira (25), que testemunhas relataram ter alertado sobre a possibilidade de um acidente no local onde a menina Raquel Antunes, de 11 anos, foi imprensada por um carro alegórico. Ainda de acordo com a delegada, as imagens obtidas pela polícia, do momento do acidente que matou Raquel, serão comparadas com os depoimentos prestados à delegacia.
"Vamos contrastar as imagens que obtivemos do momento do acidente com os depoimentos que foram prestados hoje. Isso será de suma importância para se balizar exatamente o que aconteceu naquele momento", disse a delegada.
Nesta segunda-feira (25), estavam previstos os depoimentos do presidente administrativo da escola Em Cima da Hora, que ainda não compareceu. Marcela Portelinha, mãe de Raquel Antunes da Silva, também foi ouvida nesta segunda-feira. Depois de mais de duas horas, ela saiu da delegacia sem falar com a imprensa. O advogado que representa a escola de samba Em Cima da Hora, responsável pelo carro alegórico, Douglas Almeida, também esteve na delegacia. Ele informou apenas que procurou ter acesso aos autos relativos ao inquérito.
Até o momento, pelo menos quatro pessoas já foram ouvidas na distrital, entre elas, o motorista de um guincho que içava o carro alegórico. De acordo com a delegada, a Polícia Civil investiga o fato como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
"Já ouvimos várias testemunhas que estavam presenciais que nos trouxeram alguns elementos importantes para a investigação. São pessoas que perceberam o momento do fato, o acidente, e elas relataram o perigo iminente que estava ocorrendo ali", contou Maria Aparecida.
A menina foi enterrada no Cemitério de São Francisco de Paula, no bairro do Catumbi, na Zona Portuária do Rio, neste sábado (23). Durante o velório,  Marcela Portelinha, mãe de Raquel, chegou amparada por amigos e passou mal. Grávida de três meses, ela precisou ser carregada até a capela e recebeu atendimento médico.