Mãe da vítima precisou ser amparada por amigos e familiaresSandro Vox/ Agência O Dia

Rio - O velório de Raquel Antunes de Silva, de 11 anos, reúne dezenas de amigos e familiares no Cemitério de São Francisco de Paula, no bairro do Catumbi, na Zona Portuária do Rio, na manhã deste sábado (23). Marcela Portelinha, mãe da menina, chegou amparada por amigos e passou mal. Grávida de três meses, ela precisou ser carregada até a capela e recebeu atendimento médico. 
Paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados para atender Marcela. Eles chegaram ao cemitério em duas motos e uma ambulância. Segundo um dos socorristas, a mãe da criança estava com problemas de pressão por conta do abalo emocional que sofreu, mas não precisou ser encaminhada ao hospital.
Minutos antes do enterro, crianças e adultos presentes no velório, usando blusas estampadas com a foto da menina, organizaram um protesto em frente ao cemitério pedindo justiça pela pequena Raquel, aos gritos de “ela é uma criança”. Segundo a Polícia Civil, o caso está sendo investigado como homicídio culposo e os depoimentos já estão sendo recolhidos.
Raquel morreu nesta sexta-feira (22), depois de passar três dias internada em estado grave após ter sido imprensada entre um poste e o carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, na noite de quarta-feira (20), após o desfile da Série Ouro. Muito abalada, Marcela pedia justiça pela filha, aos gritos de "Eu quero a minha menina". Durante o velório, parentes e amigos fizeram uma oração. 
Por volta das 12h53, a mulher foi retirada do velório carregada por amigos e parentes, depois de ter desmaiado mais uma vez. Muito abalada, ao recobrar a consciência, Marcela não parava de chorar.
A menina teve uma perna amputada e a outra estava em estado crítico. Ela estava internada no Hospital Municipal Souza Aguiar. Durante a cirurgia, ela chegou a sofrer uma parada cardiorrespiratória e respirava por aparelhos. De acordo com funcionários, a vítima morreu por conta de uma hemorragia interna.