Jorge era porteiro em um condomínio da Barra da TijucaReprodução

Rio- A defesa do motoboy Marcus Vinícius Gomes Correa, acusado de homicídio qualificado pela morte do porteiro Jorge Ferreira, em março do ano passado na Barra da Tijuca, teve o pedido de adiamento do prazo para apresentação das imagens do local do crime negado pelo Tribunal de Justiça do Rio nesta segunda-feira (25).
Na ocasião a vítima foi agredida com uma barra de ferro na cabeça ao tentar impedir que o entregador saísse pela portaria principal do condomínio.
A confusão aconteceu no dia 29 de março de 2021 e teria começado após o entregador descer pelo elevador social do condomínio onde o porteiro trabalhava. De acordo com ele, na hora de ir embora, teria confundido a saída e passado pela área social, permitida apenas para os moradores.
Após isso, Marcus disse que foi parado pelos porteiros e questionado por tentar sair pela área social. Em sua defesa, afirmou que não conhecia o prédio e se perdeu.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o entregador confirmou que chutou o porteiro depois de ter sido empurrado por ele. Na confusão, Marcus diz ter sido agredido por quatro funcionários do condomínio e por um morador que se identificou como policial.
Na decisão, a juíza Tula Correa de Mello argumentou que o pedido de adiamento na entrega das imagens possui intenção de suspensão do processo, mas não tem apoio judicial. A juíza destacou que se a apresentação não ocorrer no prazo, o direito de manifestação será perdido, por se tratar de uma obrigatoriedade para o caso.
No dia 9 de abril de 2021, o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público para o motoboy foi negado pelo juiz Carlos Gustavo Vianna Direito, que entendeu que o réu usou o instrumento para se defender dos golpes iniciados pelo porteiro com a mesma barra de ferro nos braços e nas pernas e que ele se apresentou espontaneamente na delegacia.