Douglas Almeida, advogado que representa a escola de samba Em Cima da Hora, esteve na delegacia para ter acesso aos autos do inquéritoSandro Vox/Agência O Dia

Rio - O presidente administrativo da Escola de Samba Em Cima da Hora, Heitor Fernandes, que prestou depoimento nesta última segunda-feira (25), disse que contratou um reboque 'de boca' no fim do desfile porque o carro alegórico era “pesado“.

Ele também afirmou que as alegorias do carro estavam avaliadas em R$ 6 mil e não teve integrante algum da escola para acompanhar como guia no percurso da dispersão. O DIA apurou que o carro reboque tinha um motorista no interior, chamado Pedro e que o advogado de Heitor se comprometeu a apresentá-lo para ser ouvido, além do contrato anterior firmado entre a escola e a LIGA RJ.

O presidente da LIGA RJ deverá ser convocado para dar informações sobre os trâmites de documentação referente à dispersão.
O advogado Douglas Almeida, que representa a escola de samba, disse que a agremiação vai se comprometer em disponibilizar as "melhores informações possíveis", para averiguar o que aconteceu.
"Estamos aguardando a conclusão da perícia e o fornecimento das imagens, para averiguar o que aconteceu no local do acidente", disse o advogado nesta terça-feira durante ida à 6ª DP (Cidade Nova), que investiga o caso.

Relembre o caso
Raquel Antunes, de 11 anos, morreu após ser imprensada por um carro alegórico da Escola de Samba Em Cima da Hora, após o desfile da Série Ouro.
O acidente aconteceu na saída do Sambódromo, na Rua Frei Caneca. A criança teria subido no carro enquanto a mãe estava distraída. Neste instante, o veículo passou em um trecho estreito e as pernas da menina foram prensadas contra um poste.
Ela chegou a ter uma perna amputada e estava internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, respirando com a ajuda de aparelhos. De acordo com funcionários, Raquel morreu por conta de uma hemorragia interna.