Pequena Liz recebeu as vacinas da gripe e do sarampoReginaldo Pimenta/Agência O Dia
De acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio, Rodrigo Prado, a gripe é uma doença sazonal e seus casos são mais frequentes no inverno. Para evitar que a população a desenvolva de forma grave, é importante que esteja protegida com a vacina. Ele alerta que, apesar da campanha se estender até junho, é importante que o público-alvo se imunize no período indicado, para que outros grupos também sejam contemplados.
"A campanha não termina hoje, a campanha continua até o dia 3 de junho. Mas, na semana que vem, a campanha da gripe entra em outros grupos, como puérperas e gestantes. Então, é importante que quando a gente avance para outro grupo, que o grupo anterior tenha sido vacinado, no que a gente espera de cobertura vacinal. Então, a gente realmente tem que avançar, as pessoas têm que se vacinar", afirmou o secretário, que reforçou a importância da imunização, ao lembrar do surto de influenza que a cidade do Rio e outros municípios fluminenses viveram no final do ano passado.
"A vacina que a gente está aplicando esse ano é mais completa que a do ano passado. Aquela cepa do ano passado que causou um surto na cidade no final do ano, está incluída nessa vacina para proteger as pessoas. Então, quanto mais pessoas se vacinarem, mais protegida a população vai estar. A gente precisa que essa população prioritária venha se vacinar", alertou Prado.
A mobilização deste sábado é também para vacinar crianças de seis meses a 4 anos contra o sarampo. Apesar de ainda não ter registrado casos este ano, os números dos últimos dois preocupam. Em 2020, foram 600 e em 2021, outros três. Até 2016, a doença era considerada erradicada na capital fluminense. A expectativa este ano, é contemplar 90% do público-alvo. Para Prado, a volta dos registros pode ser explicada pela cobertura vacinal abaixo do esperado.
"A redução da cobertura vacinal é uma explicação para a gente voltar a ter casos dessa doença. Até 2016, a gente chegou a ser considerada uma cidade que tinha eliminado o sarampo. Então, a queda da cobertura vacinal é a principal razão para a gente voltar a ter casos de sarampo. No ano passado, nossa cobertura vacinal do sarampo ficou em 75%. Se a nossa meta é 90%, a gente ficou abaixo. Não foi por causa da pandemia, se a gente pegar os últimos dois anos, ficou abaixo de 90%, mas em 2019, 2018, também estavam", disse o secretário que atribui a baixa cobertura à desinformação.
Preocupado com a saúde da filha, o técnico de análises clínicas Diogo Walker Sá, de 41 anos, levou a pequena Liz Walker Sá, de 2 anos e dez meses, para receber os imunizantes contra a gripe e o sarampo no posto de saúde Heitor Beltrão, no bairro da Tijuca, na Zona Norte, na manhã de hoje. Para o pai, é necessário que todos os responsáveis entendam a importância de vacinar as crianças como forma de proteção de toda a sociedade.
"Entendo que é de suma importância, sendo que a mesma é muito nova e não tem os anticorpos oriundos dessas doenças. Dessa maneira, ela fica protegida. Seria ótimo se as pessoas se conscientizassem de que a vacinação é a melhor forma de prevenção a doenças e epidemias. É de suma importância o máximo de pessoas vacinarem seus filhos, pois uma vez tendo anticorpos, reduzimos muito o risco de doenças para nossos filhos e para os demais", declarou o técnico.
Para a campanha contra o sarampo, a vacina usada é a Tríplice viral, que será oferecida em dose adicional, independente da situação vacinal apresentada. A mobilização também vai até 3 de junho. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, é importante que idosos e os responsáveis das crianças levem documento de identificação e caderneta de vacinação. Os interessados podem procurar pelos imunizantes até às 17h, em qualquer um dos 430 pontos, que podem ser consultados no site da pasta.
*Colaborou Reginaldo Pimenta
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