A Região Metropolitana, que inclui as cidades de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, devem ser algumas das afetadasDivulgação

Rio - Após sindicatos de empresas de ônibus sinalizarem para redução de frota nas ruas, a Secretaria Estadual de Transportes do Rio disse, nesta terça-feira, que vai fiscalizar o número de coletivos para que não haja impactos à população nos municípios. Segundo o governo do estado, a pasta acompanha com atenção as discussões sobre a questão do aumento do combustível óleo diesel e como isso interfere na oferta do serviço.
Nesta segunda-feira, após a Petrobras anunciar novo reajuste de 8,89% no diesel, os sindicatos que representam as empresas de ônibus de dez municípios (Setrerj, o Setransduc e o Transônibus) anunciaram que serão obrigadas a reduzir a operação e adaptar a frota atual em circulação a capacidade financeira. Serão afetadas cidades da Baixada Fluminense e na região de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá.
"Com o aumento, a crise econômica vai se agravar e o cenário se tornará insustentável, levando a medidas de racionamento de combustível, com a priorização de determinados serviços e linhas de ônibus em horários de maior movimento. Na falta de medidas urgentes e efetivas, as operadoras de transporte não terão outra opção a não ser manter parte da frota parada nas garagens, provocando impacto direto nos deslocamentos diários de mais de três milhões de passageiros", pontuaram os sindicatos em comunicado.
De acordo com as empresas, desde o início de 2022 já foram acumulados 47% de reajuste no preço do combustível. O último aumento de preços havia acontecido em março, com um acréscimo de 11% no valor do óleo nas bombas de todo país. Com esse aumento, segundo os empresários o combustível passa a ser o principal custo de operação do serviço de transporte.
"O novo aumento é um duro golpe a um sistema de transporte já combalido, que já chegou ao seu limite com o esgotamento financeiro das empresas", pontuou o comunicado.
A situação, segundo os sindicatos, é mais crítica no município de Magé, onde a empresa operadora do serviço já anunciou que pretende paralisar por conta do aumento no combustível.
As empresas questionam ainda a falta de compensação dos aumentos que vem ocorrendo no combustível nos últimos dois anos. "Aumenta o risco considerável de o passageiro não poder contar com o sistema de ônibus regular para a maior parte de seus deslocamentos, abrindo espaço para o transporte clandestino e sem regulamentação, intensificando a desordem e a insegurança", avaliam os sindicatos.