Santuário de Zé Pelintra, nos Arcos da LapaReprodução

Rio - Um projeto de lei do vereador Átila Nunes (PSD), que será votado na Câmara Municipal, quer incluir o Dia do Zé Pelintra no calendário oficial do Rio. Caso seja aprovado, o dia 7 de julho celebrará a entidade, que além da devoção de fiéis da religiosidade afro-brasileira também retrata a boemia carioca em seu estilo e gingado.
De acordo com o vereador, o objetivo é reconhecer de forma oficial quem o carioca já abraçou há anos de tradição.
"Zé Pelintra é conhecido por toda a cidade. Não é difícil encontrar pessoas que não são religiosas, mas que se identificam com a figura da entidade, presente no samba, nas rodas de pagode e até na moda do Rio com o tradicional chapéu panamá e terno de linho branco", conta Átila.
Embora tenha a sua imagem ligada à cultura carioca, Zé Pelintra é uma entidade oriunda do Nordeste do Brasil, cultuada no Catimbó. Na Umbanda, Zé é chefe da falange dos Malandros, onde se encontra Maria Navalha e outras variações apresentadas nos terreiros.
Zé Pelintra é uma das mais importantes entidades de cultos afro-brasileiros, especialmente entre os umbandistas e, já possui um santuário, na Lapa, onde pode ser cultuado por seguidores e admiradores.
'Seu Zé', como é carinhosamente chamado, é considerado o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas. Zé Pelintra é uma espécie de transcrição arquetípica do "malandro", mas sem o cunho negativo.