Jovem de 22 anos foi mantida em cárcere privado e torturada pelos sogros, na Região Oceânica de NiteróiDivulgação

Rio - A Justiça do Rio negou, nesta terça-feira, 10, o relaxamento da prisão da sogra que, com o marido, manteve uma mulher em cárcere privado em Niterói, Região Metropolitana. A jovem, de 22 anos, foi agredida e estuprada na casa em que os dois moravam. As identidades não foram divulgadas. As informações são do G1. 

A juíza Claudia Monteiro Albuquerque, da 2ª Vara Criminal de Niterói, marcou para o dia 2 de junho a primeira audiência de instrução e julgamento do caso. No momento, apenas a esposa do casa está presa. O homem foi solto após o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro alegar que o crime deveria ser denunciado e investigado por outra comarca. O sogro deverá comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades. Ele também deverá se manter afastado por no mínimo 300 metros da vítima.

"Da análise dos autos verifica-se que a denúncia oferecida pelo Ministério Público descreve os fatos criminosos com todas as suas circunstâncias, lastreada em elementos probatórios mínimos de autoria e materialidade, atendendo, assim, aos requisitos elencados no art. 41 do CPP. O processo está regular e válido, inexistindo vício a ensejar o reconhecimento de nulidade ou absolvição sumária dos acusados. Por tais razões, ratifico o recebimento da denúncia", analisou a juíza, em documento obtido pelo G1.
De acordo com a jovem, ela havia se mudado para a casa dos sogros em outubro do ano passado logo depois do namorado ser preso. Em depoimento, ela contou que cinco meses depois o sogro a forçou a manter relações sexuais com ele dentro da própria casa. Desconfiada de que a jovem estaria mantendo relações consensuais com seu marido, a sogra passou a trancá-la em um quarto, a mantendo em cárcere privado. Além disso, a mulher também passou a agredí-la com barras de ferro e pedaços de madeira.