Morta no dia das mães, Rita de Cássia deixou três filhosREPRODUÇÕES DE Redes sociais

Rio - O homem que estuprou e matou a ajudante de serviços gerais Rita de Cássia Perez, de 46 anos, na semana passada, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, foi preso neste sábado (14). O suspeito Luciano Crespo de Jesus teria enforcado Rita por uma câmara de ar de pneu após a ter estuprado. Ele foi detido por agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo por meio de um mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio qualificado. No momento da prisão, confessou o crime e disse que agiu sozinho. Familiares da vítima, porém, acreditam que outra pessoa possa estar envolvida no assassinato. 

De acordo com Jepherson Rodrigues, primo da vítima, a família de Rita foi avisada pela advogada que cuida do caso. No momento do comunicado da prisão, familiares e vizinhos de Rita gritaram de felicidade e choraram de emoção. A Polícia Civil ainda não entrou em contato com os parentes dela.

“Ele (o suspeito) estava escondido na mata que fica na área rural, mesma região onde ocorreu o crime. Os vizinhos estavam apavorados com esse homem solto. Fomos informados que ele confessou o crime e não reagiu a prisão”, contou Rodrigues.

Ainda conforme o primo de Rita, o homem que foi preso disse ter agido sozinho, mas a família desconfia que essa informação pode não ser verdadeira.

“Ele disse que tentou assaltá-la, mas que ela reagiu. Fez o que fez e a deixou no local sem saber que ela havia morrido. A Rita é muito forte, ele (o criminoso) terá que explicar tudo em depoimento”, avaliou Rodrigues.
De acordo com a advogada Mariana Rodrigues, que é procuradora da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, o nome do homem preso havia sido repassado por moradores da região à família, na semana passada, e foi encaminhado à Polícia Civil.
"Outros nomes de suspeitos também foram repassados à  família de Rita. O homem preso confessou alguns crimes, mas as investigações devem continuar para saber se ele realmente agiu sozinho. Sabemos que um irmão dele (do preso) também já foi acusado por um estrupo, mas ele foi morto e não sei em quais condições ocorreu essa morte. A Polícia Civil fez um trabalho brilhante em fazer essa prisão porque havia a possibilidade dele (o criminoso) fugir", ponderou a advogada. 

Os três filhos de Rita, um de 18 anos e dois menores, de 17 e 13 anos, ainda estão muito abalados com o crime. A vítima foi encontrada morta na manhã do último domingo (8), Dia das Mães, em uma área de matagal, no bairro Santa Izabel. De acordo com os policiais, ela ainda tentou lutar para se livrar do agressor, uma vez que as unhas dela estavam com resquícios de pele. O corpo de Rita foi  enterrado na última terça-feira, no Cemitério Municipal de Ipiiba, em Santa Izabel, São Gonçalo. 

“Sabemos que nada vai trazer ela (Rita) de volta, mas estamos aliviados em saber que a justiça será feita”, desabafou o primo.


Parentes da vítima contaram que ela havia passado todo o sábado com a filha, de 13 anos, na residência do namorado, que fica próxima ao local do crime. À noite, após deixar a menina na sua casa, ela retornava para a residência do companheiro e no trajeto desapareceu. A região não costumava ser perigosa, segundo os familiares de Rita.