O corpo teria sido arremessado de uma ponte, próximo ao bairro de Engenheiro Pedreira. Um vídeo feito pela perícia mostra que a ponte ficou manchada de sangue; amostras foram coletadas.
Perícia no local onde corpo de policial civil teria sido jogado, no Guandu. #ODia
Três militares da Marinha foram presos, na noite deste sábado, acusados da morte do papiloscopista da Polícia Civil. Os militares foram identificados como sendo os sargentos Manoel Vitor Silva Soares e Bruno Santos de Lima, além do cabo Daris Fidelis Motta. O pai do sargento Bruno, Lourival Ferreira de Lima, também foi preso. Pai e filho eram donos do ferro-velho. Todos foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Na delegacia, na manhã deste domingo, o sargento Bruno tentou cortar os pulsos após quebrar as lentes dos óculos que usava. Socorrido para o hospital, ele recebeu tratamento médico e retornou para a sede policial.
Durante a transferência para uma prisão da Marinha, no início da tarde deste domingo, os três militares usaram capacetes e coletes de fuzileiros navais, em cima da roupa civil, além de algemas. De acordo com os investigadores, o procedimento é um padrão da Força Armada para a transferência.
Entenda o caso
De acordo com um familiar do policial morto, Renato foi até o local após saber que objetos de metal dele, que fazia uma obra na Mangueira, tinham sido furtados por usuários de crack e vendidos para esse ferro-velho. Ele teria sido instruído pelo dono do local a retornar em outro horário, ocasião em que foi baleado e colocado dentro de uma van. O veículo pertencia à Marinha, e teria sido levado para um quartel após a desova do corpo. Dentro da unidade militar, a van teria sido ainda lavada.
Investigação conjunta das equipes das Delegacias de Homicídios, 18ªDP (Praça da Bandeira) e IIFP (onde o agente era lotado) constatou que o policial teve uma desavença dentro do estabelecimento. Pai e filho, donos do ferro-velho, com os outros dois comparsas, utilizaram a viatura oficial militar para raptar e matar o policial. A polícia ainda não forneceu mais detalhes sobre a dinâmica do crime.
Em nota, a Marinha se solidarizou com os familiares do policial e informou que abriu um inquérito militar para apurar as circunstâncias do crime. Durante o crime, uma van da MB foi usada, inclusive que teria sido lavada dentro de um quartel da força.
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