Ferro-velho fica na Praça da Bandeira, Zona Norte da cidadeMarcos Porto/Agência O Dia

Rio - A demolição do ferro-velho clandestino de Lourival Ferreira de Lima, um dos quatro presos pelo assassinato do perito da Polícia Civil Renato Couto, está marcada para nesta segunda-feira (23), às 10h. O local fica na Praça da Bandeira, Zona Norte da cidade. De acordo com a prefeitura, o ferro-velho tinha sido interditado em janeiro, mas foi reaberto de forma irregular. 
O estabelecimento será derrubado por agentes da Secretaria de Ordem Pública (Seop), e contará com o apoio de outros órgãos como: Secretaria de Conservação, Guarda Municipal, Light, Águas do Rio, Comlurb e policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira), unidade que investiga o caso. 
Nos dia 17 e 18 deste mês, agentes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) atuaram no ferro-velho para retirar materiais do local. Duranta a ação, foram encontradas fardas de fuzileiros navais, estátuas de santos católicos, caixas de som, botijão de gás e outros produtos. Além disso, uma kombi e um caminhão foram rebocados. 
Prisão
Na quinta-feira (19), o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal da Capital, recebeu a denúncia do Ministério Público na ação penal contra os sargentos Manoel Vitor Silva Soares e Bruno Santos de Lima, o cabo Daris Fidelis Motta e o pai do sargento Bruno, Lourival Ferreira de Lima. Os quatro são acusados pela morte do perito, executado a tiros no último dia 13, em um ferro-velho explorado por Lourival e Bruno, na Avenida Radial Oeste, na Praça da Bandeira, Zona Norte da cidade.
De acordo com a denúncia, o militar Bruno Santos de Lima atirou no policial, na Praça da Bandeira, e contou com a ajuda dos também militares Daris Fidélis Motta e Manoel Vítor da Silva Soares, além do seu próprio pai, Lourival Ferreira de Lima. O perito foi colocado pelo trio dentro de uma van da Marinha e jogado do alto de uma ponte no Rio Guandu.
O pai de Bruno também foi denunciado por fraude processual. Segundo a denúncia, ele recolheu os estojos dos disparos feitos pelo filho, com o intuito de atrapalhar a perícia criminal.