Clailton Jorge Pereira da Costa morreu com um tiro na cabeçaReprodução

Rio - A Polícia Civil pode abrir uma nova investigação sobre a morte de Clailton Jorge Pereira da Costa, de 40 anos, em 28 de janeiro, em um condomínio de luxo da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O pedreiro foi atingido com um tiro na cabeça, após ser acusado pelos vigilantes do local de ter roubado materiais de construção. Na ocasião, ele foi preso em flagrante mas, como estava ferido, foi encaminhado para uma unidade de saúde e não resistiu.

Segundo a Polícia Civil, a Justiça não determinou a apuração da morte e extinguiu a punibilidade de Clailton, por conta de sua morte. Entretanto, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) informou que toma decisões de acordo com as alegações apresentadas no relato da polícia e manifestação do Ministério Público do Rio (MPRJ). "Se houve pedido de arquivamento, veio fundamentado no pedido da polícia e manifestação do MP”, disse o órgão em nota.

Já o MPRJ confirmou que o processo foi encerrado na 31ª Vara Criminal após a morte do pedreiro, porque foi instaurado para apurar o flagrante de furto que teria sido cometido por Clailton. Mas, esclareceu que para as investigações da morte do homem, deve ser aberto um novo processo. Além disso, se tratando de uma morte violenta, a abetura é obrigatória e deve ser realizada pela polícia. 
"O promotor titular da 31ª Vara Criminal da Capital esclarece que o processo criminal foi instaurado para apurar o flagrante de furto por Claiton Jorge Pereira da Costa. Com a morte do réu, o processo tem que ser encerrado e cessa a competência do juízo da 31ª Vara Criminal para o caso, e também a atribuição do Promotor desta vara. O promotor informa ainda que para a apuração da morte de Claiton, deve ser aberto novo processo em outra vara com atribuição, e lembra que tratando-se de uma morte violenta, essa instauração é obrigatória, e deve ser feita pela polícia, automaticamente", explicou o Ministério Público. 

Relembre o caso

O caso aconteceu no dia 28 de janeiro, quando o pedreiro voltava para casa, por volta das 5h. Os vigilantes teriam disparado cinco vezes contra o carro de Clailton. Um dos disparos atingiu a cabeça do homem, que foi socorrido e internado em coma induzido durante 11 dias no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. A vítima deixou esposa e oito filhos.

As investigações da 16ª DP (Barra da Tijuca) concluíram que o pedreiro "teria cometido furto de materiais de obras das residências localizadas no condomínio. Ele teria jogado o carro para cima dos seguranças, que revidaram, em legítima defesa. O homem foi preso em flagrante e levado para uma unidade de saúde, mas acabou não resistindo."