Agentes do Bope, PRF e PF estão fazendo uma operação na Vila CruzeiroReprodução TV Globo
Mais de 10 escolas estão fechadas por conta da operação policial na Vila Cruzeiro
Atividades escolares estão sendo realizadas de maneira remota
Rio - A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou, na manhã desta terça-feira, que 19 unidades escolares estão com as portas fechadas na região da Penha, Zona Norte do Rio. A paralisação é motivada pela operação policial que acontece na Vila Cruzeiro. Segundo a Polícia Militar, uma moradora e 21 suspeitos foram mortos e duas pessoas que ficaram feridas, todos socorridos para o Hospital Estadual Getúlio Vargas.
Ainda de acordo com a secretaria, os alunos estão tendo atividades realizadas de maneira remota. A medida de segurança segue o protocolo previsto e tem o objetivo de não expor funcionários e estudantes aos riscos. A pasta não informou quais escolas e a quantidade de alunos afetados.
Além das escolas, as Clínicas da Família Felippe Cardoso e Klebel De Oliveira Rocha estão funcionando apenas com atividades internas.
De acordo com a PM, os agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacados a tiros quando iniciavam a operação. Criminosos teriam atirado do alto da Vila Cruzeiro e a mulher foi atingida na Chatuba, comunidade vizinha do conjunto de favelas da Penha. A área foi isolada por uma equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) para perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
O objetivo da ação era localizar e prender lideranças da facção criminosa, o Comando Vermelho, que estariam escondidos na comunidade e que atuam no Rio de Janeiro e em outros estados do país como Alagoas, Bahia e Pará.
Tiroteio assusta moradores
Segundo relatos de moradores em redes sociais, houve registros de intensos confrontos na área de mata. "Chapa quentíssima na Vila Cruzeiro", alertou um. "Tiroteio desde 3 horas da manhã na Penha. Ninguém tem paz nessa cidade", disse outro.
"Se você está deitado em sua cama nesse momento, você é privilegiado sim. Aqui na favela, já tem gente deitado no chão, no corredor, no beco e/ou no cantinho considerado mais seguro da casa. Não temos paz!", comentou mais um.
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