Trens estão sem pintura e enferrujados Secretaria de Transportes / Divulgação

Rio - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) destinada a investigar os serviços de trens fluminenses será prorrogada por mais 60 dias, de acordo com a pasta. A determinação é do Requerimento 247/22, que foi aprovado, em discussão única, nesta terça-feira (24). A medida será publicada no Diário Oficial do Legislativo nos próximos dias.
A CPI foi instalada em fevereiro deste ano e está realizando oitivas e vistorias em todos os ramais ferroviários. A presidente do grupo é a deputada Lucinha (PSD), o vice-presidente é Eliomar Coelho (PSB) e o relator é o deputado Waldeck Carneiro (PSB). Também compõe o colegiado os deputados Luiz Paulo (PSD), Martha Rocha (PDT) e Enfermeira Rejane (PCdoB).
Nesta segunda-feira (23), deputados membros da comissão da CPI vistoriaram o ramal ferroviário de Saracuruna, operado pela concessionária Supervia. Durante a inspeção, os parlamentares constataram que a operação de trens nas estações Fragoso e Vila Inhomirim permanece suspensa em decorrência da estrutura instável da ponte de acesso à estação final. O serviço foi interrompido em novembro de 2020 e, com isso, os passageiros só conseguem chegar até Piabetá.
Durante a vistoria, usuários do ramal denunciaram a demora para a chegada das composições que saem de Saracuruna com destino a Piabetá. O intervalo entre os trens que fazem o trajeto é de, em média, quatro horas. A deputada Lucinha (PSD), disse que o Governo do Estado e a Supervia precisam proporcionar o retorno dos trens no trajeto, além de resolver as irregularidades de infraestrutura, sinalização e acessibilidade nas estações fiscalizadas.
Para o deputado Luiz Paulo (PSD), é necessário que a concessão seja analisada. "Está faltando investimento, planejamento de conservação, sinalização. Há muito a se fazer para o sistema ficar funcionando ao menos de forma mediana. No programa Pacto RJ, está sinalizada uma linha estratégica que é a infraestrutura, e eu não vejo nada mais estratégico do que o sistema ferroviário de transporte. O que estamos fazendo, além de verificar as responsabilidades, é também alertar sobre essa situação caótica", comentou.