Policial ferido foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas Marcos Porto/Agência O Dia

Rio - Um policial civil foi atingido por estilhaços no rosto enquanto realizava perícia na Vila Cruzeiro, na Penha, Zona Norte do Rio, nesta terça-feira. O perito teve ferimentos no nariz e foi socorrido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, no mesmo bairro. A comunidade, que integra o Complexo de favelas da Penha, é alvo de Operação da Polícia Militar desde às 4h da manhã desta terça. Segundo informações da PM, 22 pessoas foram mortas durante a ação, sendo uma moradora. Outras sete pessoas ficaram feridas.

De acordo com informações preliminares, o perito Sérgio Silva Rosário, lotado na Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital), realizava trabalho de campo no momento em que foi atingido por estilhaços. O policial deu entrada no hospital por volta das 12h. Seu estado de saúde é estável. Outras dois homens feridos durante a operação também deram entrada na unidade de saúde.
"Ele foi baleado mas se encontra bem. Foi muito bem atendido aqui no Getúlio Vargas. As equipes conseguiram extrair do local. Agora nós temos que ter tranquilidade para apurar o que aconteceu", disse o delegado titular da DH-Capital, Alexandre Herdy Barros da Silva. 
Ainda segundo o titular, o policial realizava trabalho de campo em área onde houve confronto, quando a equipe foi atacada a tiros por criminosos que estavam em área de mata. "Eles ficaram lá cercados durante um tempo e conseguiram aos poucos recuar a socorrer o colega. A perícia foi suspensa e foi solicitado reforço para tentar completar o trabalho", explicou
Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizam, desde as primeiras horas da manhã, uma "operação emergencial" na comunidade para prender lideranças de facção criminosa. De acordo com a PM, os policiais foram atacados a tiros quando iniciavam a operação.
Criminosos teriam atirado do alto da Vila Cruzeiro e uma moradora, identificada como Gabriele Ferreira da Cunha, de 41 anos, morreu baleada na Chatuba, comunidade vizinha do conjunto de favelas da Penha. A área foi isolada por uma equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) para perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que já foi concluída.