Ex-policial civil é assassinado a tiros em Niterói
Carlos Daniel Dias André foi atacado por dois homens em uma moto, quando dirigia em Piratininga. Em 2011, ele foi expulso da Polícia Civil por escoltar traficantes
Em um vídeo, é possível ver a marca de um tiro no vidro do motorista
- Reprodução
Em um vídeo, é possível ver a marca de um tiro no vidro do motorista
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Rio - O ex-policial civil e advogado Carlos Daniel Dias André, de 40 anos, foi morto a tiros, na manhã desta terça-feira (31), no bairro de Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A vítima dirigia um veículo modelo Toyota SRX blindado pela Avenida Conselheiro Paulo de Melo Kalle, quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta que dispararam. Em um vídeo, é possível ver a marca de um tiro no vidro do motorista.
De acordo com o RJ1 da TV Globo, ao ser atingido, Carlos Daniel perdeu o controle da direção e acabou batendo em um carro que estava parado no semáforo. O motorista do automóvel atingiu um poste, para desviar e não colidir com um ônibus. O filho do ex-agente estava no veículo junto com o pai, mas não sofreu ferimentos.
Agentes do programa Segurança Presente chegaram ao local primeiro, mas o 12º BPM (Niterói) assumiu a ocorrência. De acordo com a Polícia Militar, a área foi isolada e a perícia da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) acionada. A Polícia Civil informou, em nota, que os agentes da especializada realizam diligências para apurar a autoria e a motivação do crime.
O ex-agente foi lotado na 15ª DP (Gávea) e na extinta Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública, mas acabou sendo expulso da instituição, após ser preso em 2011, por escoltar os traficantes Anderson Rosa Mendonça, o "Coelho", chefe do tráfico no Morro de São Carlos, e Sandro Luiz de Paula Amorim, o "Peixe" da Rocinha, durante a ocupação da Polícia Militar para a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade.
Como inspetor na distrital, Carlos Daniel participou de diversas investigações contra a quadrilha comandada por Antônio Francisco Bonfim Lopes, o "Nem da Rocinha", que resultaram na prisão de traficantes. Já como advogado, ele atualmente defendia Daniel Aleixo Guimarães, um dos réus pela morte do investidor em criptomoeda Wesley Pessano, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, em agosto de 2021.
"É com profunda tristeza que tomamos conhecimento do brutal homicídio que ceifou a vida do advogado criminalista Dr. Carlos Daniel Dias Andre, na manhã dessa terça-feira. Daniel era um jovem advogado, muito querido entre os colegas da advocacia criminal, que enfrentou sérios problemas na sua trajetória, mas que, superando todas as dificuldades, tornou-se um advogado aguerrido, combativo e com uma promissora carreira. A diretoria da ANACRIM, indignada com essa violência e ressentida dessa perda, vem externar condolências a todos os familiares e amigos."
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