Carlos Daniel foi morto a tiros quando passava pela Avenida Conselheiro Paulo de Melo Kalle, em Niterói Reprodução
Polícia investiga se GPS encontrado no carro de ex-policial civil morto foi implantado
Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) afirmou que tiros foram disparados pela janela do carona
Rio - A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) investiga um dispositivo de GPS instalado no carro do ex-policial civil e advogado Carlos Daniel Dias André, 40, morto a tiros na manhã desta terça-feira, em Niterói. Os investigadores ainda não sabem se o aparelho era original do veículo ou foi colocado por terceiros. Além disso, a especializada concluiu que os disparos foram feitos pela janela do carona, sem ferir o filho da vítima que também estava no carro. Os detalhes desta investigação foram divulgados pelo G1. Procurada, a Polícia Civil ainda não deu maiores detalhes sobre o crime.
Carlos Daniel dirigia um veículo modelo Toyota SRX blindado pela Avenida Conselheiro Paulo de Melo Kalle, no bairro de Piratininga, quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta que dispararam contra ele.
Ao ser atingido, o advogado perdeu o controle da direção e acabou batendo em um carro que estava parado no semáforo. O motorista do automóvel atingiu um poste, para desviar e não colidir com um ônibus. O filho do ex-agente estava no veículo junto com o pai, mas não sofreu ferimentos.
Histórico do ex-policial civil
O ex-agente foi lotado na 15ª DP (Gávea) e na extinta Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública, mas acabou sendo expulso da instituição, após ser preso em 2011, por escoltar os traficantes Anderson Rosa Mendonça, o "Coelho", chefe do tráfico no Morro de São Carlos, e Sandro Luiz de Paula Amorim, o "Peixe" da Rocinha, durante a ocupação da Polícia Militar para a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade.
Como inspetor na distrital, Carlos Daniel participou de diversas investigações contra a quadrilha comandada por Antônio Francisco Bonfim Lopes, o "Nem da Rocinha", que resultaram na prisão de traficantes. Já como advogado, ele atualmente defendia Daniel Aleixo Guimarães, um dos réus pela morte do investidor em criptomoeda Wesley Pessano, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, em agosto de 2021.
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