Sancler não aparece na Câmara há vários diasFoto: Reprodução da internet

Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu na Justiça a prisão do presidente da Câmara de Vereadores de Mesquita, Saint Clair Esperança Passos, conhecido politicamente como Sancler Nininho, do Pros, por suspeita de comandar um esquema de "rachadinha".
Sancler é apontado pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial do Núcleo Nova Iguaçu como líder da organização criminosa. Ele teria se aproveitado das suas funções de presidente da Câmara para estruturar o esquema criminoso. Sancler e mais sete pessoas são investigados por uma série de crimes envolvendo desvio de dinheiro público.
Segundo as investigações, o grupo utilizava diferentes práticas ilegais, como a nomeação de funcionários fantasmas, cujos vencimentos eram recebidos pelos integrantes da organização criminosa. Outra modalidade de desvio foi um esquema em que Saint Clair se apropriava dos valores pagos a título de indenização a funcionários comissionados que eram exonerados.
De acordo com a denúncia, alguns servidores foram nomeados pelo presidente da Casa Legislativa para cargos estratégicos e sequer compareciam ao trabalho, caso de Elaine de Oliveira. Outros se omitiam de forma proposital em relação às ações criminosas, como Elieser Correa de Oliveira, Marcelo França, Carlos Henrique Siqueira e Thiago Rodrigues.
Além do pedido de prisão, também foi requerido o afastamento de Sancler do cargo de vereador e de presidente da Câmara. Agora, o MPRJ aguarda decisão da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital.
A última vez que Sancler esteve na Câmara de Mesquita foi no início de maio. Nas redes sociais, sua última postagem foi dia 16 de maio.
Procurada, a Câmara de Vereadores de Mesquita não retornou o contato da reportagem.