Moradores da comunidade Queto protestam na Avenida Marechal Rondon contra morte de cuidador de idosos Cléber Mendes/Agência O Dia
Protestos por morador vítima de disparo acidental de PM têm bombas de efeito moral, correria e gritaria
PM que efetuou o disparo acidental está preso em unidade prisional da corporação
Rio - Por duas vezes, a Avenida Marechal Rondon, na altura da comunidade do Queto, no Sampaio, Zona Norte do Rio, foi alvo de protestos demoradores nesta segunda-feira (6). Com cartazes pedindo por paz e justiça, os manifestantes queriam chamar a atenção das autoridades pela morte do cuidador de idosos, Reginaldo Avelar Porto, de 38 anos, que era morador do Queto.
No início da tarde, durante o primeiro protesto, os manifestantes ocuparam duas faixas da Marechal Rondon próximo ao Viaduto Engenheiro Armando Coelho. Houve reflexos no trânsito. No início da noite, os moradores fizeram mais uma manifestação, por volta das 18h, com barricadas de fogo na via. Policiais militares usaram escudos para conter os presentes e o clima ficou tenso na região. Houve correria e gritos e os PMs chegaram a utilizar bombas de efeito moral.
Taís Sampaio, sobrinha da vítima, criticou a atuação dos policiais militares durante a manifestação dos moradores da comunidade: "Nós tentamos fazer uma manifestação, mas foi impossível. Era gás de pimenta, lacrimogêneo, não deu. Tivemos que voltar".
Policial envolvido está preso
De acordo com a Polícia Militar, o policial que portava a arma acionada participou do registro do fato na Delegacia de Homicídios da Capital e está sendo ouvido na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). O militar permanecerá preso na Unidade Prisional da corporação até a audiência de custódia.
Ainda conforme a PM, após a morte de Porto, moradores iniciaram uma série de manifestações e tentaram obstruir vias da região.
"O policiamento foi intensificado no perímetro por equipes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq)", diz nota da corporação.
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o caso foi registrado como homicídio culposo. A investigação ficará a cargo da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM).
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