Prefeito Eduardo Paes e o Secretário de Saúde Rodrigo Prado no Centro de Operações do RioArquivo/ Marcos Porto/Agência O Dia

Rio - Apesar do crescimento no número de internados por covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio não tem a intenção de impor medidas restritivas na capital. Em entrevista ao DIA, nesta quinta-feira, o secretário de Saúde Rodrigo Prado explicou que, neste momento, o ideal é incentivar uma ação de cuidados individuais. "Não temos a intenção de impor restrições para a cidade do Rio. A orientação é que pessoas que estejam com atraso na dose, se vacinem. Acreditamos que uma gestão individual é o ideal, ou seja, é importante que as pessoas com alguma comorbidade, idosos e crianças usem a máscara", disse.
Agente da prefeitura do Rio distribui máscara a passageiros de ônibus  - Divulgação / Prefeitura do Rio
Agente da prefeitura do Rio distribui máscara a passageiros de ônibus Divulgação / Prefeitura do Rio
O pedido para que os cariocas atualizem o esquema vacinal parece surtir efeito. De acordo com Prado, da última quinta-feira (2) até quarta-feira (8), quase 100 mil pessoas procuraram os postos para tomar a dose de reforço. "Isso é muito importante, as pessoas precisam se vacinar", reforçou o secretário.
Atualmente, 88,1% da população total carioca tem o esquema vacinal primário completo. O primeiro reforço contemplou 67,5% dos maiores de 18 anos. Já o segundo, alcançou 59,4% dos idosos e 14% da faixa etária dos 50 aos 59.
O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, também já havia afirmado nesta semana que não tem planos para implementar medidas restritivas mais rígidas. Segundo o titular, impedir as altas taxas de positividade do novo coronavírus "é um cenário muito pouco provável" e a secretaria está focada em garantir assistência aos pacientes. Ele ressaltou ainda que a população deve adotar os meios para evitar contaminação e transmissão.
O aumento de casos da doença nos dois primeiros meses do ano, por conta da variante Ômicron, provocou uma busca a postos de vacinação e testagem na cidade. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chegou a abrir pontos de testagem. As contaminações diminuíram entre março e abril, com o avanço da aplicação do primeiro reforço, mas o cenário voltou a ser visto em maio. As autoridades vem atribuindo o crescimento à sazonalidade, já que os vírus se proliferam com mais facilidade em épocas mais frias.
A maioria dos internados está com vacinação incompleta
O município do Rio registrou, nesta quinta-feira (9), o maior número de internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) desde fevereiro. De acordo com o Painel Rio Covid-19, há atualmente na rede pública da capital, 122 pacientes e outros cinco aguardando por vaga. Entre os internados, 85% deles está com a situação vacinal atrasada ou não foi imunizado.