Messer foi capturado por agentes da PF em um flat na capital paulistaDivulgação / Polícia Federal

Rio - Dario Messer, conhecido como o "doleiro dos doleiros", foi condenado em segunda instância pela  1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), na quarta-feira (8), a 13 anos de prisão em regime inicial fechado pelo crime de lavagem de dinheiro, no processo da Operação Marakata, desdobramento da Lava Jato no Rio. O Supremo Tribunal da Justiça (STJ) já havia determinado a prisão domiciliar, desde abril de 2020, por ele pertencer ao grupo de risco para a covid-19. Messer também faz uso da tornozeleira eletrônica.
A defesa ainda conseguiu na Justiça o desconto da multa estipulada na condenação da primeira instância, de R$ 4 milhões. O doleiro teve a prisão decretada em maio de 2018 na Operação Câmbio Desligo, mas ficou foragido até julho de 2019, quando foi preso em uma casa em São Paulo. Messer responde ainda em pelo menos mais cinco ações penais na Lava Jato.
Messer foi condenado por "ocultar e dissimular a origem, a natureza, a disposição, movimentação e propriedade de recursos em dólar no exterior, depositados, em decorrência de vendas por fora de pedras preciosas e semipreciosas", segundo a sentença, além de ocultar e dissimular a origem, a natureza, a disposição, movimentação e propriedade de recursos em reais depositados no Brasil em favor de quatro garimpeiros. Em deleção premiada, Messer se prontificou a devolver à Justiça quase R$ 1 bilhão.