Familiares e amigos de Alice Fernandes da Silva foram ao IML, no centro do Rio, para liberação do corpoReginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - O corpo da diarista Alice Fernandes da Silva será velado a partir das 8h deste sábado (11) e enterrado, em seguida, no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Na tarde de quinta-feira, ela foi encontrada carbonizada e degolada na cozinha do apartamento onde prestava serviços à Martha Maria Lopes Pontes, também vítima do crime. O imóvel, que foi incendiado, fica localizado na Avenida Rui Barbosa, no bairro Flamengo, Zona Sul do Rio.
Um vídeo mostra o apartamento, localizado no bairro do Flamengo, Zona Sul do Rio, consumido pelas chamas. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realizou perícia no apartamento já identificou os dois autores do crime. Um deles foi preso, na tarde desta sexta-feira, em Acari, na Zona Norte do Rio.
À reportagem do DIA, uma mulher que preferiu não se identificar disse que Martha estava brigada com dois rapazes que teriam pintado alguns cômodos de sua casa dias antes de acontecer o crime. "Não foi assalto. Eles não levaram nada. Ela [Martha] brigou com os pintores que trabalharam aqui [no prédio]. A gente ainda não sabe o motivo da briga", afirmou.
Alice deixa três filhos e seis netos. Ainda abalada com a notícia da morte da mãe, Aline Fernandes, de 26 anos, disse que espera respostas. "Não faço ideia do motivo do crime. Ouvi essa história de que a Dona Marta teria se aborrecido com os pintores, mas acho estranho porque minha mãe sempre conversava sobre tudo comigo e ela não falou nada sobre isso. Há coisa de um mês, houve uma obra lá no apartamento, sim, mas se teve confusão com eles, não sei. Só sei que quero justiça, seja lá quem for o culpado."
Ao chegar ao Instituto Médico Legal para reconhecer e liberar o corpo da mãe, Diogo Fernandes, comentou sobre a suspeita.
"Eu vi imagens das câmeras de segurança. Aparecem dois homens. Eles tinham pele escura e estavam de boné. A filha da dona Martha, dona Leonora, disse que esses homens estavam coagindo, contando historinha triste e pedindo mais dinheiro. Já tinham voltado lá umas duas vezes e a dona Martha não deu. O trabalho já tinha sido finalizado e todo pago, mas eles estavam voltando e pedindo mais dinheiro. Dessa vez, minha mãe estava lá, também, e aconteceu tudo isso aí. É muita maldade fazer isso com duas mulheres indefesas. Duas mulheres. Minha mãe tinha três filhos, seis netinhos. É muita crueldade, gente", disse aos prantos.