O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado, afirmou que o município do Rio tem quatro casos suspeitos de varíola dos macacos sendo investigadosReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Rio tem três casos suspeitos de varíola dos macacos
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado, todos são de pessoas que fizeram viagem ao exterior
Rio - O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado, afirmou nesta terça-feira que o município do Rio tem três casos suspeitos de varíola dos macacos sendo investigados. Segundo ele, todos são de pessoas que fizeram viagem ao exterior.
"Não tem como uma doença que está circulando no mundo todo não chegar aqui. O importante é monitorar os casos suspeitos, como estamos fazendo, e isolar as pessoas que estão com sintomas", disse Prado.
Inicialmente, o secretário havia dito que eram quatro casos suspeitos. Depois, a Secretaria Municipal explicou que são, na verdade, três casos suspeitos porque um quarto caso ainda está sendo investigado, já que pelos critérios de análise, ele ainda não se enquadra como "suspeito."
No domingo, o Ministério da Saúde confirmou o segundo caso de varíola dos macacos no Estado. De acordo com a pasta, o paciente é um homem de 25 anos, morador de Maricá, na Região Metropolitana. Esse é o oitavo diagnóstico positivo no país.
O jovem, que não teve a identidade revelada, não viajou ao exterior, mas teve contato com estrangeiros, informou o Ministério da Saúde. Ele apresenta quadro clínico estável e está sendo monitorado pelo Instituto Nacional de Infectologia e pelas secretarias de Saúde estadual e municipal.
"Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito da doença", disse o Ministério da Saúde.
O primeiro caso registrado no estado foi na cidade do Rio de Janeiro. Um homem de 38 anos residente em Londres, que chegou ao Brasil em 11 de junho. Ele procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) no dia seguinte da sua chegada.
De acordo com a SMS, amostras clínicas foram encaminhadas ao Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), referência nacional, e o resultado positivo para a doença foi liberado no dia 14.
Doença e sintomas
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo, íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções e mucos da pessoa infectada.
Os sintomas iniciais da varíola do macaco costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Em geral, entre 1 a 3 dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
A varíola dos macacos era uma doença considerada endêmica em países da África Central e da África Ocidental, mas nos últimos meses houve relatos da doença em diversos outros países não endêmicos, especialmente na Europa, que já responde por 84% dos casos notificados, segundo a OMS. Entre os dias 1º de janeiro e 15 de junho deste ano, a OMS foi notificada sobre 2.103 casos confirmados em 42 países.
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