Galpões armazenavam grande quantidade de bebidas falsficadasReprodução

Rio - A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (22), seis integrantes de uma quadrilha especializada em falsificação de cerveja e encontrou dois galpões que armazenavam o material ilegal. A operação Malus Bibere, da 79ª DP (Jurujuba), chegou a expedir oito mandados de prisão, mas um dos criminosos continua foragido e outro foi preso na última segunda-feira (20), em uma ação da 21ª DP (Bonsucesso). Os agentes realizaram diligências nos municípios de Itaboraí, Magé e São Gonçalo. 
Os policiais civis encontraram dois galpões, em Itaboraí e Magé, onde haviam diversas caixas da bebida adulterada, caminhões para o transporte do produto irregular e até uma empilhadeira. Além de cumprir mandados de prisão temporária, três dos presos ainda foram autuados em flagrante por organização criminosa. Um deles foi apontado como líder da quadrilha, mas não tinha anotação criminal. 
De acordo com o delegado titular da distrital, Mário Luiz da Silva, as investigações começaram no final do ano passado e outras operações contra o crime já haviam sido realizadas em diversos locais do estado do Rio de Janeiro. "Foram coletados elementos que permitiram a decretação dessas prisões. Os crimes, em princípio, pelos quais eles responderão, serão organização criminosa, crimes contra a saúde pública, crimes contra o consumidor e as relações de consumo e estelionato", explicou. 

As investigações continuam para identificar e prender outros envolvidos no esquema criminoso, além de descobrir a origem do material apreendido. A 79ª DP recebe denúncias pelo WhatsApp (21) 98596-7266. O Disque Denúncia também recebe informações pelos telefones (21) 2253-1177 e (21) 96802-1650. O anonimato é garantido. O delegado alertou sobre os riscos do consumo da bebida falsificada. 
"Algumas imagens nossas e da operação da 21ª DP mostram a maneira como essas pessoas manipulam essa modificação das características desse produto. É no chão, no meio da lama, e essas garrafas são abertas, então, em algum momento, haverá o contato daquela água poluída, contaminada, com o produto que está no interior dessas garrafas. A probilidade de ali ter inoculado uma bactéria, um microrganismo nocivo qualquer, é enorme e é certa. Então, a possibilidade de uma pessoa, sem saber, estar contraindo uma doença grave, correndo o risco até de morrer, é muito grande." 
Na última segunda-feira (20), uma operação conjunta entre a 21ª DP e a Polícia Militar fechou um galpão usado para falsificação de cervejas, em Queimados, na Baixada Fluminense, e prendeu 12 homens. Os suspeitos trocavam o rótulo e tampas de marcas mais baratas por de bebidas mais caras. Os criminosos deixavam as mais baratas expostas à água para remoção do rótulo. O espaço guardava uma quantidade já adulterada e outra em processo de falsificação para a venda posterior.