Rodrigo da Silva Nascimento, principal suspeito de ter cometido o crimeReprodução

Rio - Rodrigo Silva do Nascimento, preso em flagrante pelo feminicídio de Vitória Lima Martins, nesta terça-feira (29), pode ter forjado um duplo suicídio para tentar escapar das acusações. A vítima foi encontrada morta na casa do suspeito, na Rua Vitória da Conquista, em Inhoaíba, na Zona Oeste.
De acordo com o 'RJTV', da TV Globo, um relatório preliminar da polícia indica que Vitória morreu asfixiada e, após estar morta, teve o pulso direito cortado pelo suspeito. Porém, ela era destra.
A perícia encontrou "sinal sutil de esganadura" e "uma pequena ferida próximo à região clavicular típica da provocada por unha" no corpo de Vitória. O relatório aponta que os policiais militares do 40° BPM (Campo Grande), encontraram a vítima sem vida e Rodrigo "envolto a sangue, com os pulsos cortados".
Rodrigo foi socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal Rocha Faria, onde relatou que cortou os pulsos após uma briga com a vítima. Os dois teriam decidido se matar juntos após o desentendimento, segundo seu relato. Porém, os fatos narrados contradizem o que foi apontado pela perícia.
O laudo preliminar ainda diz que "o nariz da vítima apresentava cogumelo de espuma" e "o tecido interno do punho estava esbranquiçado, típico de corte realizado lesão post mortem (feita após a morte)".
Suspeito diz ser amante da vítima, mas a mulher nega
Fabiano Martins, de 25 anos, irmão da vítima, contou que Rodrigo teria afirmado que ele e Vitória tinham um caso há pelo menos um ano, mas não acredita na hipótese.
"Eu acho muito difícil ela estar com ele. A Vitória contava tudo para minha mãe e ela nunca ouviu falar nesse rapaz", afirmou.
Rodrigo ainda teria dito que os dois se encontravam periodicamente para manter relações sexuais e usar drogas. Porém, Mariana Paula de Souza Santos, mulher de Vitória, nega o fato.
Uma amiga de Mariana disse que as duas estavam casadas há dois anos e que ainda assim Rodrigo insistia em ter um relacionamento com ela.
"Não existe possibilidade de um relacionamento extraconjugal com um homem. Vitória era casada há dois anos. Estamos falando do feminicídio de uma mulher lésbica que não tinha interesse em um homem e foi morta por dizer não. Vitória jamais se mataria", disse.
Familiares alegam que a vítima teria ido ao encontro do suspeito por causa de uma proposta de emprego, já que ela estava desempregada e vivia de bicos. Os dois fariam um trabalho no próximo final de semana em Petrópolis.
De acordo com informações do 'RJ TV', Rodrigo já foi preso outras duas vezes: uma por não pagamento de prisão alimentícia e outra por tráfico de drogas, além de ter passagens na polícia por estupro, ameaça, injúria e extorsão.