Família da manicure Aline é uma das contempladas no Cariri, no Complexo da PenhaArquivo Pessoal

Quem vê a manicure Aline Maria de Menezes, de 36 anos, sair para trabalhar até no sábado, pode não imaginar que ela está prestes de realizar o sonho da casa própria, junto com o marido e a filha de 15 anos. Moradora do Cariri há três décadas, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, Aline será uma das contempladas com os próximos investimentos do Programa Morar Carioca, que serão anunciados nesta sexta-feira, pela Secretaria Municipal de Habitação do Rio (SMH).
Ao todo, devem ser destinados R$ 100 milhões para obras de urbanização no Complexo da Penha, região que engloba 13 comunidades e ficou mundialmente conhecida pela violência com a morte do jornalista Tim Lopes, em 2002. Assim como o Cariri, da Aline, a Vila Cruzeiro receberá o benefício.
De acordo com o secretário municipal de Habitação, Gustavo Freue, o programa retoma à comunidade para a fase de complementação e deve abranger uma área de mais de 260 mil m², onde estão mais de 4.030 residências. Ainda estão previstos, para as duas localidades, a construção de praças, prática de esportes, espaço cultural, Academias da Terceira Idade (ATIs) e recreação infantil, além de projetos de paisagismo. “Vão impactar positivamente a vida do morador e da economia dessa região, possivelmente com a geração de, pelo menos, 1.500 postos de trabalho para atuação nas intervenções”, ressalta.
Freue destaca ainda, que o projeto ainda engloba a criação de novas vias para aumento da capilaridade no tecido urbano, implementação de novas redes de água, estações elevatórias e novos reservatórios, sistema de drenagem pluvial, além de novas redes de esgotamento sanitário. “A região receberá também melhorias na iluminação pública com a substituição das lâmpadas antigas por LED e obras de contenções em locais de necessidades”, explica.
A Secretaria Municipal de Habitação informa que prevê investimentos de R$ 500 mi em ações de urbanização integrada e regularização fundiária para atender, no mínimo, 22 comunidades e mais de 80 mil pessoas.