Profissionais municipais protestam em frente ao Souza AguiarCleber Mendes / Agência O DIA
Profissionais da Saúde fazem protesto na porta do Hospital Souza Aguiar, exigindo melhores condições e salários
Manifestantes exigem cumprimento das promessas de campanha do prefeito e afirmam que faltam medicamentos básicos
Rio - O Intersindical, junção de todos sindicatos de saúde do Estado, realizou, na manhã desta sexta-feira (1), um protesto em frente ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. A categoria reivindica uma série de pontos que vão desde a falta de medicamentos, como dipirona e antibióticos, roupas de cama até os dois anos sem reposição salarial. Segundo representante da enfermagem, o prefeito, quando em campanha, fez promessas que ainda não cumpriu e o secretário de saúde não senta à mesa para negociar com a categoria.
Elizabeth Guastini, diretora do Sindicato de Enfermeiros do Estado (Sindenfrj), disse à reportagem do DIA que os profissionais da saúde reclamam de mais de dois anos sem reposição salarial, já chegando a uma perda real de 28% de seus vencimentos. Além disso, declara que os depósitos de FGTS e INSS dos funcionários da prefeitura e do Rio Saúde estão irregulares.
"Quando era candidato, o prefeito nos prometeu Plano de Cargos e Salários. Desde que entrou, nada foi feito ainda. Queremos o descongelamento do nosso triênio, reajuste do vale alimentação e a convocação dos 1000 enfermeiros aprovados em concurso, em 2019, para ocupar os postos que hoje estão vazios nos hospitais e na rede de saúde, como um todo, da prefeitura", disse Elizabeth.
A representante afirma que, o atual secretário de saúde municipal, Rodrigo de Sousa Prado, ainda não se sentou à mesa para negociar com as categorias. De acordo com ela, ao invés do titular da pasta, assessores tentam dialogar com os profissionais.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que desde o início da atual gestão, plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) dos servidores da Saúde está sendo discutido com todas as categorias envolvidas. Além disso, alegaram já ter sido realizadas várias reuniões e mesas de discussão com representantes de todos os sindicatos da área da saúde e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, incluindo o secretário, subsecretários e servidores das diversas áreas técnicas envolvidas.
A instituição reforçou de que das quatro reuniões realizadas com os sindicatos desde que assumiu o cargo, em abril, o secretário Rodrigo Prado só não esteve presente em uma delas, devido a outro compromisso urgente.
"Todas as propostas apresentadas pelos sindicatos estão sendo cuidadosamente analisadas e a elaboração do PCCS segue os trâmites necessários previstos. É importante que nenhuma etapa da elaboração do projeto seja pulada, a fim de que a proposta final a ser encaminhada para a Câmara de Vereadores seja factível e economicamente viável", afirmou a secretaria.
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