Patricia Coutinho mostra as agressões sofridas pelo marido, o oficial do Exército Brasileiro Gean Franque da SilvaDivulgação

Rio - O tenente do Exército Gean Franque da Silva, de 41 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (8), no Centro do Rio, por agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo. O oficial é acusado pelos crimes de ameaça, lesão corporal, violência psicológica e estupro de vulnerável contra a companheira Patrícia Coutinho, de 45 anos. A prisão ocorreu em razão de mandado de prisão expedido pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar de São Gonçalo.

De acordo com informações da Deam, após diligências do setor de inteligência da unidade de São Gonçalo, Silva foi preso quando se preparava para realizar um concurso público. Ele foi levado para a delegacia e encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.

No dia 13 de junho deste ano, a vítima foi à Deam e relatou ter sido agredida pelo companheiro. No dia 25 do mesmo mês, ela retornou à unidade policial e apresentou vídeos e áudios das agressões que, segundo ela, aconteciam desde 2019. De acordo com a mulher, em várias oportunidades, após ingerir medicamentos para dormir, o autor mantinha relações sexuais com ela.

Por meio do registro de ocorrência, depoimento da vítima e do material que ela entregou aos agentes, a equipe da Deam de São Gonçalo solicitou à Justiça um mandado de prisão preventiva. 
Relembre o caso
Ao DIA, a comerciante disse que os dois se conheceram em janeiro de 2019 e, após três meses de um namoro intenso, Gean se mudou para sua casa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Pouco tempo depois eles casaram. Foi então que o sonho, com promessas de cuidados e zelos, se tornou o maior pesadelo da vida de Patricia.
Ele era um homem muito encantador, carinhoso, fazia de tudo para me agradar. Ele se apresentou para mim como um homem perfeito, mas sempre demonstrou muito ciúmes e também era bastante possessivo", lembra. A primeira agressão física aconteceu em maio de 2019, logo depois dele ter se mudado para a casa de Patricia. "Ele deu um tapa na mão e minha unha começou a sangrar. Desde então foram várias agressões físicas e psicológicas. Por ser tenente do Exército, ele acreditava que nada nunca ia acontecer contra ele", diz.