O objetivo do projeto é diminuir o número de animais abandonados nas ruasDivulgação

Rio- Com o maior projeto de castração da América Latina, o Governo do Rio alcançou a marca de 100 mil animais castrados em sete meses. A meta estipulada pela Subsecretaria de Proteção e Bem-Estar Animal (RJPET), que iniciou as esterilizações em dezembro de 2021, era que o número fosse alcançado apenas em 12 meses, ou seja, em dezembro deste ano.
A antecipação da marca, para a governo, veio em decorrência das clínicas licitadas e espalhadas em todas as regiões do estado, além dos mais de seis castramóveis itinerantes atendendo em pontos estratégicos da Região Metropolitana. Nesses sete meses, a Região Metropolitana realizou mais de 44 mil procedimentos, com a Baixada Litorânea e o Médio Paraíba com cerca de 10 mil e 500 castrações (confira números abaixo). Já os Castramóveis esterilizaram mais de 32 mil animais. 
O objetivo do projeto é diminuir o número de animais abandonados nas ruas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Pet Brasil, o Rio tem cerca de 3,4 milhões de animais abandonados, sendo 2,2 milhões de cachorros e 1,2 milhões de gatos. Ainda de acordo com os Institutos, durante a pandemia, o número de animais em situação de abandono subiu 40%, chegando perto de 1,3 milhão de novos bichos desabrigados.
Para a subsecretária estadual do RJPET Camila Costa, a iniciativa tem colaborado na redução de número de animais abandonados, além de auxiliar pessoas, ONGs e protetores independentes sem acesso a clínicas veterinários a realizarem o procedimento.
“Somente através da castração podemos diminuir o número de animais nas ruas, evitando nascimentos não planejados. Essa também é uma causa de saúde pública, pois ajuda a controlar o número de zoonoses. E por fim, envolve milhares de pessoas apaixonadas por animais”, afirmou Camila Costa.
Além do controle populacional dos animais, o veterinário Samuel Lima Pereira Figueira aponta outros fatores positivos da castração. “O procedimento reduz os riscos desses animais apresentarem doenças reprodutivas. No caso das fêmeas (cadelas e gatas) evitamos infecção do útero (piometra), gravidez psicológica, tumores de mama, estresse durante o cio. Já nos machos diminuímos as possibilidades de apresentarem tumores de testículos e próstata, doenças sexualmente transmissíveis, fugas, agressividade e marcação de território”, explicou.
Quem tem interesse em castrar seu animal de estimação, deve ir no site rjpet.com.br. As castrações no ônibus no bairro Engenho de Dentro, na Zona Norte, tiveram início na última segunda-feira (18).