Traficante Luciano Pezão estaria no Rio, após retorno do ParaguaiReprodução

Rio - O setor de inteligência da Polícia Militar vem monitorando o criminoso Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, um dos chefes do tráfico de drogas no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, após a operação na comunidade, realizada na última quinta-feira (21). Investigações apontam que ele não conseguiu fugir do complexo.
Além dele, o criminoso John Wallace da Silva Viana, conhecido como Johny Bravo, chefe do tráfico na Rocinha, na Zona Sul do Rio, estaria no Alemão no momento em que as polícias Civil e Militar entraram no complexo de favelas, mas não foi localizado. Contra ele, constam seis mandados de prisão por tráfico de drogas, associação ao tráfico e homicídio. Segundo a polícia, aproximadamente 100 criminosos deixaram a comunidade pela área de mata em direção à Vila Cruzeiro.
Há informações de que o traficante teria sido baleado na ação, mas a Polícia Militar disse que, até o momento, não há a confirmação. O Portal dos Procurados oferece R$ 1 mil por informações que leve à prisão de Pezão. Contra ele, há nove mandados de prisão em aberto, a maioria por associação ao tráfico.
Luciano assumiu o controle do Complexo do Alemão após receber ordens diretas de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar para matar o antigo chefe, o traficante Antônio de Souza Ferreira, conhecido como Tota, em 2008. Tota teria sido morto porque não estava mais repassando o dinheiro arrecadado com a venda de drogas para os líderes do Comando Vermelho (CV), que se encontram presos em diversos presídios estaduais e federais.

Pezão chegou a ser capturado em 2005, pelo Departamento de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio, quando chefiava a venda de drogas na comunidade da Grota, favela que faz parte do Complexo do Alemão, mas foi solto por decisão Tribunal de Justiça do Rio, em 2008.

Segundo informações recebidas pelo Disque Denúncia, após a ocupação do Complexo do Alemão por forças pacificadoras (Polícias Civil e Militar e Exército Brasileiro), em 2010, ele teria buscado refúgio em vários locais sob o domínio de sua facção como: Mangueirinha, Juramento, Morro da Galinha (Inhaúma) e em algumas comunidades em São Gonçalo e Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Johny Bravo, líder do tráfico na Rocinha
Johny assumiu a liderança do tráfico de drogas na comunidade após divergências do traficante Rogerinho 157 com o traficante Antônio Bomfim Lopes, o Nem, que está preso. Segundo informações recebidas pelo Portal dos Procurados em 2014, Jhony Bravo teria saído do Brasil e fugido para a Suíça por desavenças com sua quadrilha. Essa não teria sido sua única viagem internacional: Jhony, que fala inglês fluente, viajava frequentemente para o exterior.
Ele também é responsável pela comercialização do "gatonet" (recepção não autorizada do sinal de TV por assinatura), assinaturas de internet e gás encanado. Dentre as cobranças também está a cobrança de aluguel para de R$ 300 para jogar no campo de futebol público no alto do Vidigal.

John também foi um dos indiciados pela Delegacia de Homicídios da Capital, pela morte de Ana Cristina da Silva. de 25 anos. Ana Cristina estava indo com o filho para o bar onde trabalhava, no Rio Comprido, quando ficou no meio do tiroteio. No momento dos disparos, ela se curvou sobre o filho de três anos para protegê-lo e acabou sendo atingida por tiros de fuzil na cabeça e na barriga.
Operação termina com 16 suspeitos mortos e cinco presos
A Polícia Civil divulgou, na manhã deste sábado (23), uma lista atualizada com os nomes dos 15 suspeitos mortos na Operação do Complexo do Alemão. Entre eles, dez possuem anotações criminais, mas todos são considerados suspeitos de integrar o tráfico de drogas da região, de acordo com a polícia.
Outros dois inocentes também morreram durante a ação, totalizando 17 mortes na quarta operação mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro. No dia seguinte, uma moradora também morreu baleada, sendo a 18ª morte na comunidade em dois dias. O número de presos ao fim da ação também subiu. Segundo o órgão, foram cinco presos, todos com passagens pela polícia, sendo um investigado de participação no roubo de uma joalheria no shopping Village Mall, na Zona Oeste.
Nomes dos suspeitos mortos
1. Anderson Luiz Bezerra Fonseca, vulgo Andinho - duas anotações por tráfico de drogas.
2. Gabriel Farias da Silva, vulgo Biel - seis anotações criminais por tráfico, associação ao tráfico de drogas, homicídio, resistência e roubo. Possuía um mandado de prisão pendente.
3. Marcos Paulo Nascimento da Silva, vulgo Marquim - sem anotações criminais
4. Bruno Neves Leal, vulgo Borro - duas anotações criminais por tráfico e associação ao tráfico de drogas. Foragido do sistema penitenciário e com um mandado de prisão pendente.
5. Fernando Nascimento da Silva, vulgo Feio - duas anotações criminais por tráfico de drogas e porte de arma de fogo de uso restrito.
6. Emerson de Souza Teixeira, vulgo 2D ou Familhão - sete anotações criminais por tráfico e associação ao tráfico de drogas, dano qualificado, resistência e porte ilegal de arma de fogo.
7. Wellington Moura da Silva Júnior, vulgo Zoinho – uma anotação por furto como adolescente infrator.
8. Diego Barboza da Silva, vulgo DG - uma anotação criminal por tráfico de drogas.
9. Luiz Cláudio Rozendo Lopes Júnior, vulgo Presuntinho e Marley - sem anotações criminais.
10. Bruno Luiz Soares da Silva - duas anotações criminais por tráfico e roubo.
11. Wanderlei Gomes de Lacerda - sem anotações criminais.
12. Luan de Araujo Rosário – duas anotações criminais por roubo
13. Emerson José Costa Junior - sem anotações criminais.
14. Jhonathan Vitor Ferreira Nunes - sem anotações criminais.
15. Rafael Correia de Melo, vulgo Fafá ou Fafal – mandado de prisão pendente por homicídio, além de anotações criminais por tráfico de drogas e associação criminosa. Todos no Estado de Alagoas.
Presos
1. Hideraldo Alves, vulgo Esquilo ou Doido – criminoso foragido do Estado do Pará. Socorrido com a identidade falsa de Adriano Castro Pires. Foi reconhecido e preso após trabalho de inteligência. Ele é suspeito de ter participado do assalto a uma joalheria no shopping Village Mall, na Zona Oeste.
2. Leonardo Guedes Calaça, vulgo Cabelinho – duas anotações criminais.
3. Leandro Batista Cruz – duas anotações criminais.
4. Paulo Jordan dos Santos Arruda – duas anotações criminais.
5. Nivaldo Luis Matas Cidrinho, vulgo NV – duas anotações criminais.