Marcos André foi denunciadoReprodução
Investigador-chefe da Deam de Jacarepaguá é alvo de denúncia do MPRJ por violência doméstica
Agente é acusado de ameaçar de morte sua ex-companheira. Ele está afastado de suas funções e responde à procedimento administrativo movido pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil
Rio - A Polícia Civil confirmou, nesta terça-feira (26), o afastamento e inicio de processo administrativo contra agente da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá que responde por crime de violência doméstica. Marcos André de Oliveira dos Santos, de 50 anos, era o investigador-chefe da especializada na Zona Oeste, mas foi retirado do cargo após ser acusado pela ex-companheira de ameaças de morte e violência psicológica. O policial foi denunciado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) à Justiça.
O encaminhamento feito pelo MPRJ foi motivado por denúncia da própria Corregedoria-Geral da Polícia Civil, onde Marcos foi alvo de sindicância interna. Segundo o órgão, ele e a vítima se relacionavam há pouco mais de um ano e a vítima foi quem procurou o órgão da polícia para relatar os abusos praticados pelo agente. A conduta provocou o processo de afastamento e indiciamento do policial.
Os relatos da vítima dão conta de que Marcos teria ameaçado matá-la e, na sequência, dar cabo da própria vida. A situação do relacionamento teria se agravado nos últimos meses, ele já tentava controlar a rotina da ex-namorada, impedindo que ela usasse determinadas roupas e que tivesse amizades. A denúncia cita, inclusive, que Marcos começou a controlar suas conversas telefônicas e comunicações em redes sociais, tendo ainda afastado a família da vítima.
De acordo com o texto, a prática abusiva teria começado em outubro do ano passado, quando a vítima tentou terminar o relacionamento, alegando não suportar mais o ciúme excessivo do policial civil. Marcos teria chegado a agredir fisicamente a ex com tapas no rosto e cabeça. Duas dessas discussões foram gravadas pela vítima e levadas para perícia da corporação.
"Fica evidente o comportamento agressivo, humilhante e controlador do acusado", diz a promotora Isabela Jourdan da Cruz Moura do MPRJ, responsável por encaminhar a denúncia à Justiça.
A reportagem de O DIA tenta contato com a defesa do acusado. O espaço está aberto para manifestação.
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