Governador Claudio Castro e o prefeito de Barra do Piraí, Mario EstevesDivulgação

Rio - Após receber uma base da Operação Segurança Presente, oficialmente inaugurada pelo governador Claudio Castro em junho, Barra do Piraí prepara mais um fortalecimento na segurança pública. No último dia 18, foi realizada a primeira reunião dos envolvidos no projeto de monitoramento que prevê a instalação de 200 câmeras fixas de alta resolução, com sistema de reconhecimento facial e de placas de veículos - recurso que permite a verificação de cadastros no sistema de roubos e furtos -, e outras 20 unidades portáteis que serão fixadas nos uniformes dos profissionais do Segurança Presente e dos guardas municipais.

“Com diversas apreensões, o modelo de proximidade do Segurança Presente está funcionando muito bem. Sobre as câmeras, serão 200, em um primeiro momento, espalhadas por todas as entradas do município, portas de escolas, postos de saúde e outros pontos. É a tecnologia ajudando Barra do Piraí a se tornar a cidade mais segura da região Sul Fluminense", disse o prefeito Mario Esteves, destacando que o investimento é de R$ 17 milhões.
“Será um sistema que envolverá profissionais de quatro áreas de segurança pública diariamente no monitoramento das câmeras, 24 horas”, ressaltou o secretário de Cidadania e Ordem Pública, José Luiz Brum, referindo-se à Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

A reunião da semana passada foi realizada no 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), onde será instalada a central. Os representantes da Thunder Telecomunicações, empresa vencedora da licitação, analisaram formas de operar, ajustar e remanejar o local de instalação das câmeras. O comandante do 10º BPM, tenente Coronel Márcio Alexandre Fófano, e o comandante da 1ª Cia de Polícia (CIA), Ricardo Santana, também participaram do encontro. Segundo o prefeito Mario Esteves, a Central terá capacidade para atender todas as cidades contempladas pelo 10º BPM, o que dependerá de consórcio com as prefeituras.

Além de aumentar a sensação de segurança e colaborar com a resolução de crimes, as câmeras de monitoramento podem impactar diretamente o número de ocorrências, segundo indicam pesquisas. Um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, concluiu que 80% dos assaltantes analisam se há monitoramento onde pretendem agir. Deste número, apenas 13% seguem em frente no plano de assaltar o local. Ainda recentes no Brasil, as câmeras acopladas, que começaram a ser utilizadas no estado do Rio de Janeiro em maio deste ano, contam com ampla aceitação da sociedade.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada no início de julho, 92º dos entrevistados aprovam o uso de câmeras nos uniformes dos agentes. A margem de erro da pesquisa, que consultou presencialmente 1.218 pessoas com 16 anos ou mais em 32 municípios, é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de segurança de 95%.