Volta da linha de ônibus 010 no bairro de Fátima Sandro Vox / Agência O Dia

Rio - A Prefeitura do Rio apresentou, nesta segunda-feira (1), o primeiro balanço do acordo judicial com os consórcios de ônibus buscava o reestabelecimento de linhas interrompidas durante a pandemia. O compromisso assinado no dia 1º de junho resultou, segundo o documento, na volta de 39 linhas e em um aumento de cerca de 200 ônibus na frota do município. 
De acordo com o compromisso, firmado entre a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), os consórcios das empresas de ônibus e o Ministério Público do Rio (MPRJ), o cronograma segue prevendo a retomada de linhas nos próximos meses.
Na última semana, quatro novas linhas foram reestabelecidas nas zonas norte, oeste e sul. São elas: 893 (Jd. Palmares x Campo Grande), 865 (Pau da Fome x Taquara), 605 (Vila Isabel x Saens Peña) e 157 (Gávea x Castelo).
Segundo o balanço, somente na primeira quinzena de julho, os ônibus percorreram mais de 1 milhão de quilômetros em comparação à primeira quinzena de junho. E, atualmente, há cerca de 450 pontos de ônibus que voltaram a ter atendimento. Outros 350 devem ser reestabelecidos até o fim do ano.
A retomada das linhas alcança bairros e regiões como Tubiacanga e Aeroporto RioGaleão, na Ilha do Governador; Parque Columbia e Costa Barros; Vila Isabel, Santa Teresa, Alto da Boa Vista e Tijuca (Muda, Usina, Borel); Inhoaíba, Campo Grande (Vila Nova, Salim e Caboclos), Santa Cruz (Base Aérea e Vitor Dumas) e Sepetiba. As regiões voltam a ter conexão com o Centro da cidade e com outros transportes como trem e BRT. 

O acordo
De acordo com a SMTR, o acordo tem o objetivo normalizar, de forma gradual, o funcionamento de linhas que já estavam em circulação e a retomada de ligações interrompidas. Para que a retomada aconteça, o município oferece um incentivo no valor de R$ 1,78 por km rodado pelas empresas. O valor é calculado usando como base na distância registrada em sistema de monitoramento por GPS.
As empresas só se enquadram no direito ao benefício, que se soma ao valor da passagem R$ 4,05, é preciso que os ônibus percorram pelo menos 80% da quilometragem definida e o atinja o número de viagens estabelecido no acordo. O plano atual é diferente das regras anteriores, que apenas definiam um número mínimo para a frota. 

"Nesta fase atual de implementação e ajustes do plano operacional, o monitoramento dos veículos por meio do GPS mostra uma evolução gradual da operação das linhas que retornaram, com o cumprimento cada vez maior da exigência de ao menos 80% da quilometragem diária definida e cumprimento do número de viagens previstas", pontuou a prefeitura em nota.