Caio Luiz de Souza Leme, 23 anos, está entre os mortos no ataque a tiros em Gramacho, na Baixada FluminenseReprodução/Redes Sociais
Jovem morto em ataque na Baixada tentou se proteger dos tiros atrás de carro
Caio Luiz de Souza Leme, 23 anos, estava no local com a esposa para falar com um conhecido. A Polícia Civil investiga o caso
Rio - Familiares de Caio Luiz de Souza Leme, 23 anos, estiveram na manhã desta segunda-feira no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para liberar o corpo do jovem. A vítima foi baleada na barriga e na perna, após um ataque a tiros que também matou Eduarda de Paula Almeida, de 15 anos, e deixou outros sete feridos.
O cunhado de Caio, que preferiu não se identificar com medo de represálias por parte do tráfico local, contou que ele foi ao local da confraternização para acompanhar a esposa, já que ela havia visto um primo. Eles não participaram da festa de aniversário e também não conheciam o aniversariante. "O ataque começou logo depois que eles chegaram na praça. Eles ainda tentaram se esconder atrás de um carro, mas não adiantou", disse. Testemunhas contam ainda que os criminosos gritaram que se tratava de um assalto.
A irmã de Caio, que também não quis ter o nome divulgado, disse que ele chegou no hospital lúcido. "Ele foi operado, mas como perdeu parte do baço, do intestino e muito sangue, acabou morrendo", lamentou. Segundo os parentes, o rapaz, que trabalhava na área de logística de entrega, não era envolvido com o tráfico e sempre foi um "garoto de família". "A lembrança que temos dele é de ser um garoto família, fazia todo mundo sorrir, um menino reservado, trabalhador e que não gostava de bagunça. Sempre foi um menino feliz, alegrou a todos ao seu redor. Eu tinha ele como um irmão mais novo. Nunca o vi chorando ou triste", disse o cunhado.
A família espera que os responsáveis pelos disparos sejam identificados e presos o quanto antes. "Desejamos que as pessoas que fizeram isso sejam punidas perante a lei", finalizou. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) realizou perícia no local e faz buscas por imagens de câmeras de segurança.
Testemunhas relatam que música com letra enaltecendo uma facção rival teria sido a motivação do ataque a tiros no bairro Gramacho. No entanto, segundo o delegado André Cavalcantti, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que investiga o caso, há outras linhas de investigação, mas elas não serão divulgadas até a conclusão do inquérito para não prejudicar a investigação.
O corpo de Caio será enterrado nesta segunda-feira (1), no Cemitério de Nossa Senhora do Belém (Corte 8), em Duque de Caxias, às 17h. O sepultamento tem início às 16h.
*Colaborou Reginaldo Pimenta
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