Karen Cristina Gomes trabalha como cuidadora de idosos há mais de dois anos Reprodução do Facebook
Justiça decreta soltura de cuidadora de idosos presa por assalto à residência no Cachambi
Karen Gomes foi presa no último dia 25, mas advogados e família lutavam pela sua liberdade por acreditar que a prisão era injusta. Ela foi detida após ter sido reconhecida por foto
Rio - A Justiça decretou a soltura da cuidadora de idosos Karen Cristina Gomes, presa no último dia 25 de julho após ser reconhecida em fotografia como responsável por roubo à residência no Cachambi, Zona Norte do Rio. Divulgada nesta quarta-feira (3), a decisão atende à pedido da defesa da mulher, que teria sido presa injustamente pelo crime.
Segundo os advogados de Karen, a foto usada para o reconhecimento de Karen como responsável pelo crime era antiga e havia sido retirada para que ela pudesse fazer uma visita ao pai na prisão. A imagem estava no cadastro da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Karen trabalha como cuidadora de idosos há mais de dois anos e mora em Paciência, na Zona Oeste, onde estava na madrugada do dia 24 de fevereiro, quando ocorreu o assalto à casa no Cachambi. A localização dela foi confirmada pelo rastreamento do seu celular.
Ainda segundo a defesa, também não foram encontradas digitais de Karen no imóvel onde o crime ocorreu.
"No presente caso, entende o juízo, a partir do que foi colacionado pela Defesa, que os indícios são insuficientes para justificar a prisão, sendo mais adequado e suficiente que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diversas, assim, REVOGO a prisão preventiva", concluiu a juiza Simone de Faria Ferraz, da 21ª Vara Criminal de Justiça do Rio.
O caso
Karen é acusada de participar do assalto a uma casa no Cachambi, onde vive um policial federal aposentado. De acordo com o relato da vítima, dois homens e uma mulher teriam invadido o imóvel no momento em que ele chegava em casa, na madrugada do último dia 24.
Os suspeitos teriam agredido o policial e saído do local com celulares, armas, documentos, joias e até uma espada. O caso foi registrado na 23ª DP (Méier).
No seu depoimento, o policial atacado teria dito que a mulher envolvida tinha pele branca, era magra, com estatura mediana, teria boa aparência, cabelos claros e cacheados. Descrição que não bate com as características de Karen, segundo a defesa.
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