Caso do influencer digital Bruno Krupp que atropelou e matou adolescente na Barra Chegada de policiais da DEAM, Delegacia de Atendimento a Mulher Sandro Vox / Agência O Dia
Em sua maioria, os relatos iniciam com as vítimas contando que flertavam com o modelo, mas que Bruno era agressivo e as forçaram a finalizar o ato sexual. Segundo as narrativas, elas não o denunciaram formalmente na Polícia Civil por medo.
“Ele me forçou a transar com ele uma vez que eu não sabia o que fazer. Ele me trancou em um quarto, a empregada teve que bater na porta pra ele abrir. Depois, sempre que me encontrava ficava falando que nada aconteceu. Ele ainda roubou um brinco meu, escondeu meu celular pra eu não chamar Uber e meter o pé. Disse que só me devolvia depois que eu transasse com ele”, relatou uma mulher.
Uma outra vítima disse que decidiu não contar para ninguém por medo de julgamento na sociedade. “O cenário foi basicamente o mesmo, não contei pra ninguém na época porque eu certamente seria julgada por ter me submetido a ficar com ele, mas a real é que nem eu sabia que ele era dessa índole”
Já uma outra mulher escreveu que se sente culpada por não ter formalizado a denúncia. “Tô me sentindo tão culpada lendo tudo isso, infelizmente passei pela mesma situação, só que 10 anos atrás, em 2012. Uma jovem de 14 anos que nem soube como reagir a esse fato. Como eu queria ter tido forças para denunciar na época, me sinto um pouco culpada por saber que ele continuou todos esses anos criando novas vítimas. Sinta-se abraçada, você não está sozinha”, disse a vítima para a modelo Priscila Trindade.
Ainda segundo as novas denúncias, Bruno também costumava filmar as mulheres nuas durante o os supostos abusos. "Ele tentou me filmar escondido. Estou surpresa porque até então era um flash que eu tinha na cabeça um amigo dele que tentar filmar. Ele falou que eu estava doida, que não tinha acontecido, mas eu tinha certeza. Até o amigo me mostrou a galeria dele de fotos, mas isso também não quer dizer nada. Depois disso nunca mais tive contato com ele”, disse.
Apenas uma das mulheres informou que o denunciou em julho do ano passado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), de Jacarepaguá. Apesar disso, ela relatou não poder contar detalhes da sua história para não prejudicar o seu processo na Justiça contra o modelo.
Defesa
A defesa de Bruno Krupp nega todas as acusações. De acordo com o advogado Willian Pena, as denúncias não formalizadas na delegacia tratam-se de pessoas querendo se beneficiar da situação.
“Não falo sobre denuncias feitas no Instagram, isso é até crime. Denunciar sem respaldo do Ministério Público e registro na delegacia é crime. Essas pessoas estão se beneficiando das dores da família. Por que não foi na delegacia durante todos esses anos? Pra mim as essas pessoas estão sendo levianas, eu não tenho conhecimento sobre esses casos e nem o Bruno”, relatou o advogado em entrevista ao O DIA.
Sobre o atropelamento, Bruno publicou um vídeo nas redes sociais se defendendo e tratando o caso apenas como um incidente. "Pelo amor de Deus, eu sou a última pessoa que queria que isso tivesse acontecido, pode ter certeza que eu queria que o pior tivesse comigo. Eu estava morrendo no hospital, os empregados me tratando mal no hospital, me batendo com maca comigo no corredor, me chamando de assassino como se eu tivesse alguma coisa errada, eu não bebi, eu não usei droga. Eu não fiz nada, fui um incidente", disse.
O modelo Bruno Krupp fala sobre o acidente que atropelou e matou um adolescente na Barra, Zona Oeste#ODia
— Jornal O Dia (@jornalodia) August 4, 2022
Crédito: Reprodução/Rede Social pic.twitter.com/XT57fn0VK7
Em relação ao estado de saúde do modelo, o advogado informou que a família tenta uma transferência de hospital devido a falta de especialização em ortopedia no Hospital Marcos Moraes, no Méier, na Zona Norte.
“Ele passou por cirurgia ontem (quarta), mas o hospital não tem condições de tratar a coluna dele, a família quer uma transferência para um hospital especificado em ortopedia. Ele perdeu parte das nádegas, coxa, o joelho tá aberto em carne viva, lá não tem ortopedista com experiência, lá não tem tomografia, a família está lutando e tentando transferência, mas no geral a situação é estável”
Procurada, a unidade informou que a família não autoriza a divulgação do estado de saúde do paciente.
O atropelamento
O modelo Bruno Krupp fala sobre o acidente que atropelou e matou um adolescente na Barra, Zona Oeste#ODia
— Jornal O Dia (@jornalodia) August 4, 2022
Crédito: Reprodução/Rede Social pic.twitter.com/XT57fn0VK7
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.