Bruno Krupp foi preso em um hospital do Méier, mesmo após ter recebido alta do Hospital Lourenço Jorge, na BarraRede Social
O modelo foi socorrido junto com a vítima e levado para o Hospital Lourenço Jorge, com algumas escoriações, mas teve alta no último domingo (31) e em seguida deu entrada na unidade do Méier. Já João Gabriel chegou em estado grave - com o impacto do acidente o jovem teve a perna amputada - , foi encaminhado ao centro cirúrgico, mas não resistiu.
“Ninguém está correndo da responsabilidade. Houve um erro de perícia, a moto não estava desemplacada (sic). A placa caiu e eu vou apresentar na delegacia. O que ele me disse antes de entrar na cirurgia foi que a moto perdeu o freio e ele perdeu o controle porque se assustou com o rapaz”, disse.
Em relação à velocidade, o advogado justifica o fato de Bruno ser jovem e diz que o caso foi uma fatalidade e que não deveria ser julgado como homicídio doloso, porque não houve a intenção de matar.
Sobre a carteira de habilitação e a blitz da Lei Seca na qual Bruno foi parado três dias antes do acidente, com a motocicleta também sem placa, a defesa desmente e informa que a o veículo sempre foi emplacada, e que o influenciador apenas não estava com a carteira em mãos por problemas no Detran, mas que possui permissão para dirigir.
"No momento da blitz a moto estava emplacada, com os documentos dele, ele só não tinha habilitação ainda, mas ele já tinha deferido a carteira dele, ele tinha permissão para dirigir, ele só não pegou a carteira, mas ele foi aprovado para dirigir a moto. Tudo isso eu vou colocar no processo, a placa saiu da moto, é um lacre de chumbo e na hora que raspou no asfalto deve ter saído", disse.
O influenciador ainda passará por uma cirurgia nesta quarta (2) e não tem previsão de alta.
A defesa considera o acidente como uma fatalidade e pretende solicitar um habeas corpus. "A gente entende a dor da família, mas do lado de cá tem uma família também que está sofrendo. Não tem argumentação lógica para que se mantenha um decreto prisional desse, sem se quer ouvi-lo, ouvir testemunhas e nem ver as câmeras da CET-Rio, ele tem que pagar pelo erro dele sim, mas será que a moto apresentou algum defeito? porque pelas testemunhas que eu conversei a moto deu uma pane, pode ser pane elétrica, freio, ou algo nesse sentido", finalizou.
Estupro e estelionato
Agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá também estiveram no hospital onde Bruno está internado para o intimar a prestar depoimento sobre o caso de estupro registrado em julho deste ano, em que uma mulher de 21 anos registrou uma queixa contra Bruno. De acordo com a ocorrência, a mulher foi encaminhada para o IML. No entanto, o advogado Willian Pena alega que a vítima retirou a queixa.
“A vítima de Jacarepaguá retirou a queixa, se retratou, porque o ato foi consensual, foi em uma festa, tinha bastante gente, não houve estupro, a vitima estava muito consciente’" relatou o advogado.
Em abril de 2021, foi registrada na 15ª DP (Gávea), uma acusação de estelionato contra Bruno. Em depoimento, a gerente do Hotel Nacional afirmou que Krupp oferecia diárias mais baratas do que no site do estabelecimento e, para que a compra fosse efetuada, os clientes deveriam transferir o dinheiro para uma conta divulgada pelo modelo. Krupp então realizava o pagamento das reservas com cartões clonados. Ainda segundo a gerente do local, o prejuízo foi estimado em R$ 428 mil e Bruno teria conseguido sair do Hotel antes do estabelecimento detectar as fraudes. Nesse caso, a defesa alega que o caso já foi arquivado.
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