Embora a doença tenha sido identificada primeiro em macacos, os animais não têm relação com o surtoADRIANA TOFFETTI/ATO PRESS

Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que, até esta terça-feira (2), 190 casos de varíola dos macacos (monkeypox) foram confirmados no estado do Rio. Além disso, 88 pacientes seguem em investigação. Desses, 11 são considerados "prováveis". Outros 129 casos foram descartados.
De acordo com a SES, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância faz o monitoramento diário dos casos em parceria com os laboratórios da Fiocruz e da UFRJ. A pasta ressalta que, embora a doença tenha sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto atual não tem relação com esses animais.
A Secretaria Municipal do Rio atualizou o número de casos nesta segunda-feira. Das 149 pessoas infectadas, apenas uma é do sexo feminino. Ademais, 95% dos pacientes tem entre 20 e 50 anos.
Os principais sintomas são: lesões de pele, febre, inchaço dos linfonodos, suor/calafrios, dor de garganta, dor de cabeça e dores musculares. Uma erupção geralmente se desenvolve de um a três dias após o início da febre, aparecendo pela primeira vez no rosto e se espalhando para outras partes do corpo, incluindo mãos e pés.
Na última sexta-feira, dia 29, houve o primeiro registro de morte relacionada a varíola dos macacos no Brasil. Trata-se um homem, de 41 anos,  com "imunidade baixa" e "comorbidades, incluindo câncer (linfoma)", que levaram ao agravamento do quadro, de acordo com a pasta. Entretanto, até o momento, a grande maioria dos pacientes se recuperou bem e a taxa de mortalidade está abaixo de 1%.
Casos suspeitos: o pacientes, de qualquer idade, apresenta início de lesão em mucosas e/ou erupção na pele aguda semelhante a da varíola dos macacos, em qualquer parte do corpo. Também pode apresentar inchaço nos órgão genitais, podendo estar associada a outros sinais e sintomas.
Casos prováveis: o paciente apresenta um ou mais dos critérios listados como exposição próxima e prolongada sem proteção respiratória ou contato físico direto com pessoas desconhecidas nos 21 dias anteriores ao início dos sinais; contato com materiais contaminados de um caso provável ou confirmado de varíola dos macacos; trabalhadores da saúde sem uso adequado de equipamentos de proteção individual e que tiveram contato com caso provável ou confirmado.