Ultraleve cai dentro de quintal de casa em condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na tarde desta segunda-feira (15)Divulgação
Homens feridos em queda de ultraleve na Barra recebem alta
Aeronáutica realizou diligências para investigar o acidente
Rio - Os dois homens feridos após a queda do ultraleve no quintal de uma casa em um condomínio na Barra da Tijuca, na tarde desta segunda-feira, tiveram alta na manhã desta terça-feira (16). O piloto, Milton Augusto Loureiro Junior, de 77 anos, e o passageiro, Mauro Eduardo de Souza e Silva, de 55 anos, estavam internados nos Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
Pedro Ferreira Lima, 57 anos, passava na rua na hora do acidente e testemunhou o acidente, desde o início da queda, até o impacto no quintal da residência. Segundo ele, o ultraleve estava indo em direção à pista em frente ao condomínio.
"O avião ia cair no meio da rua. Se não fosse uma manobra realizada pelo piloto, a uns 10 metros do chão, teria batido no asfalto. Ele foi muito habilidoso pra evitar a queda", disse o homem.
Segundo Pedro, que ajudou no resgate da tripulação, o piloto teria machucado bastante a região do rosto, mas o passageiro saiu da aeronave sem maiores ferimentos.
Ainda de acordo com a testemunha, o piloto conseguiu subir o avião e foi em direção à casa. O ultraleve teria realizado outro desvio para não atingir a residência e, em seguida, bateu com as rodas traseiras no telhado, o que fez com que a aeronave capotasse e parasse no quintal de ponta-cabeça.
Aeronáutica realiza diligência na residência para esclarecer motivo da queda
Militares do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), unidade regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Aeronáutica, estão fazendo diligências no condomínio Santa Mônica Residências, na Rua Josué de Castro, para descobrir as causas do incidente.
Segundo o órgão, nesta segunda (15), "foi realizada uma ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PU-SPX. Nesta ação, são utilizadas técnicas específicas, é realizada a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou por ela, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação".
Nesta terça-feira, o ultraleve ainda continuava na área externa da residência. Segundo o manual que regulamenta os procedimentos para investigação de acidentes aéreos, o local deve ser preservado "para a coleta de evidências, até a liberação da aeronave ou dos destroços tanto pelas autoridades aeronáuticas quanto por eventuais agentes de perícia criminal responsável pelas respectivas investigações".
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