Até o final desta semana, estado do Rio vai contar com três centros de testagemDivulgação/MS
Rio ganha novo centro de testagem para casos de varíola dos macacos
Posto de coleta foi inaugurado anexo à UPA Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana
Rio - O Rio de Janeiro ganhou um novo centro de coleta de material para testagem de casos de varíola dos macacos (monkeypox) nesta terça-feira (28) anexo à UPA Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. O objetivo é ampliar a capacidade de colhimento de amostras para o diagnóstico da doença no estado.
O serviço vai funcionar de segunda a sexta-feira para receber e realizar a coleta de pessoas encaminhadas por unidades de saúde das redes pública e privada, após exame clínico que indique a suspeita da infecção e mediante a notificação em sistema de vigilância. Não há atendimento clínico nos postos de coleta.
As amostras serão enviadas para o Laboratório Central Noel Nutels (LACEN-RJ) e enviadas para análise nos laboratórios de referência. O secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que os novos postos estão sendo aberto para facilitar o acesso da população.
"A expectativa com esses postos é que a gente amplie os locais de coleta e assim facilite o acesso da população nesse momento em que a gente está vendo um crescente número de casos suspeitos de Monkeypox", afirmou.
De acordo com a SES, as pessoas com sintomas da doença não não devem procurar atendimento médico nos postos de coleta, pois são centros de apoio diagnóstico, abertos para apoiar as unidades de saúde na coleta de material e envio para os laboratórios de referência. No caso de apresentação de sintomas de Monkeypox, deve-se buscar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência para ser avaliado por um médico.
Ao longo da próxima semana, em parceria com a Prefeitura de Nova Iguaçu, um terceiro centro para testagem será aberto no Centro de Saúde Vasco Barcelos, como referência regional, atendendo aos municípios da Baixada Fluminense que não possuem o serviço. Além desses, a coleta também é realizada no Núcleo de Enfrentamento e Estudos de Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes, da UFRJ, que atua em parceria com a SES.
Diagnóstico da doença
Segundo a SES, o exame realizado nos postos de testagem é de biologia molecular. O material coletado é a secreção ou a crosta das lesões, o que é feito com um swab (cotonete prolongado), posteriormente armazenado num tubo seco para transporte até o laboratório.
Após o atendimento, o paciente deve retornar à unidade de saúde onde ele recebeu atendimento médico para saber o resultado do teste. Até o resultado do exame, é necessário manter o isolamento.
Casos no Rio
Até a última segunda (22), foram confirmados 445 casos de varíola dos macacos (monkeypox) no Rio de Janeiro. Além disso, 51 pacientes são tratados como prováveis. Outros 421 seguem como suspeitos, e 505 foram descartados.
A Região Metropolitana I tem 366 desses casos confirmados. Também foram registrados 54 na Região Metropolitana II, cinco na Região Serrana, três no Médio Paraíba, dois no Norte Fluminense, três na Baixada Litorânea, um no Noroeste do Estado do Rio e 11 não informados.
A doença
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo, íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou com secreções e mucos da pessoa infectada.
Os principais sintomas são: lesões de pele, febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Em geral, entre um a três dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas desaparecem em poucas semanas na maioria dos casos. No entanto, é possível a ocorrência de casos graves e óbitos. Até o momento, uma morte foi registrada no Brasil.
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