Ana Paula Moreira, nutricionista-chefe do banco de leite humano da Maternidade Leila Diniz, maternidade de referência que ajuda mães e bebês com orientações e leite maternoEdu Kapps/SMS-Rio
A Sms oferece apoio à causa da amamentação com ações de incentivo e orientação às mamães e famílias nas unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) e maternidades. Para auxiliar nos cuidados de recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), principalmente os prematuros, que não conseguem ser amamentados pelas mães com o seu próprio leite, a rede de saúde conta com bancos de leite humano em seis maternidades de referência, além de postos de coleta em diversas unidades básicas.
Ana Paula Moreira, nutricionista-chefe do banco de leite humano da Maternidade Leila Diniz, falou sobre a importância do trabalho de coleta e armazenamento de leite materno: "O banco de leite tem a função de promoção, apoio e técnica. Para a alimentação dos recém-nascidos internados em UTI neonatal, usamos o leite da própria mãe ou, em casos mais específicos, o que foi doado ao banco humano e que passou por todo o processo de controle de qualidade e pasteurização. Todo esse processo e todo esse apoio às mães são conduzidos nos bancos de leite humano da Secretaria Municipal de Saúde. O leite doado ajuda a salvar a vida desses bebês".
Mães que precisam de ajuda para amamentar também podem procurar uma unidade de saúde de referência. Além das maternidades, os serviços de Atenção Primária funcionam como postos de recebimento de leite humano e orientam sobre o serviço e sobre os cuidados necessários por parte das doadoras.
"A maioria dos bancos de leite possui coleta domiciliar. A doadora entra em contato pelo telefone fixo ou pelo WhatsApp da unidade e receberá todas as informações sobre o cadastro que precisa preencher e as condições necessárias. Outra forma de ajudar é doando potes de vidro com tampa plástica (como os de café solúvel ou palmito), para acondicionar o leite", conclui a nutricionista.
A advogada Lorrany Costa procurou ajuda no banco da Leila Diniz por ter dificuldades de amamentar: "Foi uma experiência incrível. Compartilhei nas redes sociais e as minhas amigas queriam entrar em contato. Hoje em dia, sou uma vívida doadora".
Já Bruna Oliveira, nutricionista e mãe de primeira viagem, tinha muito leite, mas não conseguia fazer o filho mamar no seio como deveria. "As funcionárias do banco de leite me ajudaram na ordenha e na pega, pois não sabia como fazer. Cheguei com mil problemas e saí daqui com o neném de barriguinha cheia, o seio aliviado e mais tranquila do caminho ideal a seguir", conta ela, que também virou doadora de leite.
Mães que desejem doar leite podem se informar em sua unidade de Atenção Primária sobre o posto de coleta mais próximo.
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