A operação visa cumprir 23 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra milicianos integrantes da quadrilha chefiada por Luis Antônio da Silva BragaDivulgação/PF
Entre os presos está Geovane da Silva Mota, o GG, considerado um dos chefes do grupo paramilitar e braço direito de Zinho. Ele foi encontrado em um hotel de luxo em Gramado, no Rio Grande do Sul. Os demais são Luis Fillipe dos Santos Maia, o "Padim", Rodrigo dos santos, o "Latrell", Vanderlei Proença de Souza, o "Azeitona", Alexandre Silva de Almeida, o "Solinha", Vitor Eduardo Cordeiro Duarte, o "Pardal / Tabinha", André Costa Bastos, o "Boto"e Douglas de Medeiros Alves, o "Doug".
Além disso, foram apreendidos fuzis, pistolas, R$ 100 mil reais e anotações de pagamentos a agentes públicos. Na operação, 120 policiais estiveram nas ruas para o cumprimento dos mandados que teve como alvos as lideranças da milícia. Os suspeitos são investigados por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, além de extorsão e corrupção.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, as investigações revelaram um esquema de extorsão, posse e porte de armas de fogo de uso permitido e de uso restrito (fuzis), comércio ilegal de armas de fogo, corrupção ativa de agentes das Forças de Segurança, além de diversos homicídios, que são incessantemente planejados e executados pelos milicianos em face de criminosos rivais, que integram a milícia comandada por Danilo Dias, o "Tandera".
O bando também pratica extorsões cobrando "taxas" de comerciantes e prestadores de serviço nas áreas dominadas, independentemente da capacidade financeira das vítimas — até mesmo vendedores de barracas de lanches eram achacados pelos criminosos.
A operação, fruto do trabalho conjunto do Gaeco com a Polícia Federal, também identificar outros integrantes da organização, considerada a maior milícia em atividade do Rio.
O grupo liderado pelo miliciano ainda é suspeito de matar o ex-vereador Jerominho, que também era integrante da milícia Liga da Justiça. Ele foi morto após ser alvejado por dois tiros de fuzil na Estrada Guandu Sapé, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, no dia 4 de agosto.
Em 2015, Zinho chegou a ser preso pela Polícia Civil acompanhado por dois seguranças, um deles policial militar. No entanto, o miliciano acabou liberado no Plantão Judiciário. Na época, ele era apenas responsável pelo ‘negócio’, enquanto seu outro irmão Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, comandava a milícia. Mas em 2017, com a morte de Carlos, Ecko assumiu o posto. Apenas em 2021 que Zinho substituiu o comando.
As investigações apontam que Tandera e o miliciano Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, que controla a milícia na Zona Norte e na região da Praça Seca, na Zona Oeste, romperam com Ecko antes dele morrer e se uniram contra ele e são considerados rivais de Zinho.
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